sábado, 20 de setembro de 2008

Living beings

Dizem que Deus é o autor do mundo.
Se todos nós somos a sua obra, somos fruto de um ‘enredo’ muito inteligente – criou-nos tão diferentes, distintos e ambíguos.
O resultado da equação podia ter sido bem diverso. Ou talvez não. Talvez até nem tenha sido propositado...talvez o acaso tenha feito bluff ao lançar os desavindos dados.

Em vez de seres amorfos, indiferentes e apáticos, dotou-nos de inteligência, sentidos, sentimentos e um sem fim de capacidades das quais só nós, humanos, somos tão bem dotados. Com isso, fizemos o que nos deu e nos dá na telha, na real gana ou noutra coisa qualquer. Com maior ou menor grau de culpa, remorso, arrependimento, alegria, fragilidade, amor, agravo, crime, aflição, pena, dor, mágoa, (des)respeito, sinceridade ou mentira, debilidade, ânsia, talento, paixão ou compaixão, consciência, coragem....ou até nenhuma destas coisas.

As pessoas fortes são as que dão luta. As que se riem do futuro são as confiantes. As frágeis choram o passado. As felizes são as verdadeiramente apaixonadas. As que facilmente riem e fazem rir são as apaixonantes. As ‘filhas-da-mãe’ são as que se dão bem (mesmo que seja por pouco tempo). As caricatas são as de quem nos lembramos. As que nos olham nos olhos são as de quem precisamos.
No alinhavado da vida, fomos todas elas. Não há preferidas em relação a outras. Ter quem concorde sempre com aquilo que dizemos ou pensamos é bom. Sentimos inconsciente animosidade por aqueles que discordam connosco, mas são as pessoas complicadas que nos fazem travar as maiores lutas dentro de nós, que nos fazem crescer, pensar e mudar