Há coisas que não se devem fazer! Todos sabemos isso!, desde pequeninos (que é quando devemos torcer o pepino e endireitar a personalidade).
Ensina o catolicismo que coisas devemos ou não fazer sob pena de para o Inferno ‘girarmos’. E a lista não é pequena. Sete…são sete os pecados (ou transgressões de preceito religioso), mais que pecadilhos, que não devemos cometer, jamais!
A Preguiça
Todos devemos ‘fugir’ dela porque ser preguiçoso é gravíssimo! Para isso, temos um trabalho que nos ocupa 40 horas semanais (na maioria das vezes este número é inflaccionado, exponencialmente). Sentimo-nos, muitas vezes, escravos da labuta (ou da ‘mercearia fina’ que nos emprega). Vivemos mais no escritório do que no sofá lá de casa. E vem alguém dizer-me, desde tenra idade, que não posso mandriar?? Não é justo!
A Gula
Dizem que também é pecado capital. E o mundo evita, ao máximo, evitar a prática deste acto tão infame!!! A justificar a incongruência está a existência mais que provada da obesidade mórbida e/ou infantil; o aparecimento da deliciosa ‘nouvelle cuisine de plástico’ a aliciar-nos todos os dias; a continuidade da tradição da farta e retemperada Cozinha Portuguesa, sem esquecer a doçaria conventual (que é de lamber os beiços)! É que até os clérigos gostam de um grande repasto e uma boa ‘pinguça’. Valeu a pena este ensinamento! Quem é que me vem dizer que quando estou na minha fase Bridget Jones não posso comer uma caixa inteirinha (ou várias) de bombons?
A Luxúria
Gostar de sexo está fora de questão!! Absolutamente proibido e altamente não recomendado. A ter que fazer….só na posição do ‘frango do churrasco’ (ou missionário – que até este nome deve ter sido dado pelos católicos) e somente para procriar. Nem é preciso tirar a roupa ou olhar para o parceiro…recomenda-se a luz desligada e nada de sensualidade ou respiração acelerada. Se quebrares a regra vais arder no Inferno (o bom destas coisas é que só vais uma vez….upss! depois de seres infractor uma vez, só podes querer continuar. O castigo é: uma vez luxurioso – uma vez para o inferno ou um milhão de vezes luxurioso – uma vez para o inferno…dá no mesmo!) …. acho que vale a pena pecar.
A Inveja
É muito feia, concordo. Mas até ela pode ter um lado bom. Invejar os outros e querer ou fazer-lhes mal é péssimo. Desejarmos viver a vida dos outros em vez da nossa é reprovável. Mas olharmos o que os outros têm de bom e, ainda que por inveja, querermos igualar, não é mau…é bom. Ajuda a que o ser humano se desenvolva e progrida. É a luta pela não estagnação do indivíduo e se o motor de propulsão for a inveja pelo próximo so be it! Considero que existe, portanto, uma sub-inveja, um sentimento intermédio que não chega a ser pecado, talvez seja pecadilho, mas que pode ser saudável.
A Ganância
Quem nos pode condenar por sermos um bocadinho gananciosos? O mísero ordenado que temos tem que ser repartido por nós (que demos o corpo ao manifesto), pela Segurança Social e pelas Finanças. Quase todos os fins do mês sobra mês e não sobra ordenado! E ainda têm coragem de acusar um tipo por querer amealhar tostões!!!!?????, sim, porque isso será o auge da ganância à qual a maioria dos comuns mortais consegue aspirar. Não vou cair aqui no cliché sindicalista de falar nos ‘ricos cada vez mais ricos e nos pobres cada vez mais pobres’. Mas esta merda tem sabedoria!
A Vaidade
Sim…somos pecadores e vaidosos…mais as mulheres e os gays, mas os homens já começam a cuidar-se. Imaginem se não pecássemos e deixássemos de nos depilar?, a dificuldade iminente de não conseguirmos distinguir homem de mulher com buço farto e sobrancelha cerrada!!! Que perigo….
Com tanto cirurgião plástico e tanta coisa para tirar e para meter cá dentro, como nos podem pedir uma coisa destas? Tantos sapatos, carteiras, bugigangas e maquilhagem por aí, quem é que resiste? Gosto muito mais deste mundo onde o patinho feio se transforma em cisne do que do Universo da beleza ao natural (escondida) do tempo das cavernas.
A Ira
Este pecado agrada-me. Uso-o muitas vezes. Quem não gostar que atire a primeira pedra! Revolto-me com muita coisa deste mundo. Faz bem zangarmo-nos, de vez em quando. Só assim podemos mudar o estado de coisas. Não sou muito passiva com as injustiças e indigno-me vezes e vezes sem conta com o mal que me fazem a mim, às pessoas de quem gosto e aos inocentes (animais e crianças indefesas no topo da lista). Quem consegue manter-se calmo e sereno perante o vizinho do lado que é pedófilo, a história dos serial killers Ted Bundy ou Charles Manson, o terror do Holocausto, a dor de perder um filho, a fome em África, etc, etc, etc? Não me julguem, por favor. Estou-me nas tintas se ao Inferno vou parar, se muitas vezes não é o Inferno que observamos viver em vida!
Depois há outros defeitos que não chegam a ser pecados, mas dizem os entendidos que podem ser ‘mortais’:
A Ambição: se não o fossemos, nunca teríamos pisado a Lua.
O Ódio: parecido com a Ira….merece o mesmo tratamento.
O Ciúme: quem não se sente….(o resto já sabem)
A Raiva: os animais têm a vacina … nós?, nós só temos que a controlar (e engolir sapos, muitos sapos).
A Maldade: é muito feia quando feita, apenas, de propósito.
Esta minha mania de ver o lado positivo em tudo….
Qualquer semelhança entre este texto e outros (de cariz religioso, ou menos religioso) é pura coincidência. Como ateia que sou, não percebo patavina de frases ou ensinamentos bíblicos.
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terça-feira, 11 de dezembro de 2007
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