«(...)As almas gémeas quase nunca se encontram, mas, quando se encontram, abraçam-se. Naqueles momentos em que alguém diz uma coisa, que nunca ouvimos, mas reconhecemos não sei de onde. E em que mergulhamos sem querer, como se estivéssemos a visitar uma verdade que desconfiávamos existir, de onde desconfiamos ter vindo, mas aonde não tínhamos conseguido voltar.
O coração sente-se. A alma pressente-se. O coração anda aos saltos dentro do peito, a soluçar como um doido, tão óbvio que chega a chatear. Mas a alma é uma rocha branca onde estão riscados os sinais indeléveis da nossa existência. (...)
Gémea não é igual. É parecida. Não é um espelho. É uma janela. Não é um reflexo. É uma refracção. (...)
O desejo de encontrar uma alma gémea não é o desejo de reafirmarmos a unicidade da nossa existência através de outro que é igual a nós. É precisamente o contrário. É pdoer descansar dessa demanda. No fundo, todos nós duvidamos que tenhamos uma alma. Senão não falávamos tanto dela.
Uma alma gémea é a prova que não estamos sozinhos. (...)
O estado normal de duas almas gémeas é o silêncio. Não é o "não ser preciso falar" - é outra foma de falar, que consiste numa alma descansar na outra. Não é a paz dos amantes nem a cumplicidade muda dos amigos. Não precisa de amor nem de amizade para se entender. As almas acharam-se. Não têm passado. Não se esforçaram. Estão. É essa a maior paz do mundo. Como é que um ninho pode ser ninho doutro ninho? Duas almas gémeas podem ser.
Como é que se reconhece a alma gémea? No abraço. (...) Quando duas almas gémeas se abraçam, sente-se o alívio imenso de não ter de viver. Não há necessidade, nem desejo, nem pensamento. A sensação é de sermos uma alma no ar que reencontrou a sua casa, que voltou finalmente ao seu lugar, como se o outro corpo fosse o nosso que perdêramos desde a nascença. (...)
As almas gémeas revelam-se uma à outra. Não são iguais. Mas revelam-se de forma igual. Como se tivesse surgido, de repente, uma língua que só os dois conseguissem falar. (...)
Toda a angústia do eu se dissipa. É-se inteira e naturalmente aceite. Sem perguntas. Sem condições. Sem promessas. E mergulha-se no outro como se já não fosse preciso existirmos.»
MEC
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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
terça-feira, 15 de abril de 2008
Frase do dia
'A grandeza de uma nação pode ser julgada pelo modo como trata os seus animais.'
(Mahatma Ghandi)
(Mahatma Ghandi)
quarta-feira, 5 de março de 2008
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
Pensamento
(Um dia ouvi dizer algo como: 'Há pessoas que são como esponjas: absorvem tudo e não pingam' (era mais ou menos isto)).
Um pormenor: as esponjas mais saturadas de 'líquido' acabam por, ainda que involuntariamente, escorrer o que absorvem. Sendo assim não lhes chamem esponjas, chamem-lhes outra coisa.
Um pormenor: as esponjas mais saturadas de 'líquido' acabam por, ainda que involuntariamente, escorrer o que absorvem. Sendo assim não lhes chamem esponjas, chamem-lhes outra coisa.
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
Aos pessimistas...
"Só existem dois dias do ano em que não podemos fazer nada. O ontem e o amanhã."
(Mahatma Ghandi)
(Mahatma Ghandi)
Pensamento
Os ciumentos olham sempre para tudo com óculos de aumento, os quais engrandecem as coisas pequenas, agigantam os anões e fazem com que as suspeitas pareçam verdades. (Cervantes)
sexta-feira, 12 de outubro de 2007
Vaza-me os olhos: continuarei a ver-te,
tapa-me os ouvidos: continuarei a ouvir-te,
mesmo sem pés chegarei a ti,
mesmo sem boca poderei invocar-te.
Decepa-me os braços: poderei abraçar-te
com o coração como se fosse a mão.
Arranca-me o coração: palpitarás no meu cérebro.
E se me incendiares o cérebro,
levar-te-ei no meu sangue.
Rainer Maria Rilke (1875-1926)
In Qual é a Minha ou a Tua Língua? – Cem Poemas de Amor de Outras Línguas
(tradução de Jorge Sousa Braga)
tapa-me os ouvidos: continuarei a ouvir-te,
mesmo sem pés chegarei a ti,
mesmo sem boca poderei invocar-te.
Decepa-me os braços: poderei abraçar-te
com o coração como se fosse a mão.
Arranca-me o coração: palpitarás no meu cérebro.
E se me incendiares o cérebro,
levar-te-ei no meu sangue.
Rainer Maria Rilke (1875-1926)
In Qual é a Minha ou a Tua Língua? – Cem Poemas de Amor de Outras Línguas
(tradução de Jorge Sousa Braga)
quinta-feira, 11 de outubro de 2007
"A Felicidade Exige Valentia"
"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes mas, não esqueço de que a minha vida é a maior empresa do mundo, e posso evitar que ela vá à falencia.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da Vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não".
É ter seguranca para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da Vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não".
É ter seguranca para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."
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