Josefa Borges, Maria Viçoso, José Costa, Cristina Rodrigues, Juventina Sousa, Dr. Santos Clara Gomes, Virgínia Figueira...nomes atrás de nomes, atrás de entidades e identidades. Homem, mulher, mulher, homem, homem....não importa. Seguidos, ininterruptos, não necessariamente por ordem cronológica, mas lá perto. Enfileirados em mármore ou outro tipo de pedra, com adornos dourados ou menos preciosos, dependendo da sua social importância ou familiar devoção religiosa na crença numa vida pós-morte.
Despertam curiosidade naquele momento. Curiosidade não, talvez atenção. Não porque os conheçamos nem mesmo porque nos tenham passado pela cabeça, alguma vez, mas porque estamos vagos (ou será despertos?) naquele momento. Só tomamos consciência destes rostos quando participamos num episódio destes – um cortejo fúnebre - e ganhamos tempo a olhar os que não são, mas já foram um dia. Os nossos, os dos outros, todos.
Fotografia a sépia, sempre a sépia. Uma após a outra. Todas iguais ou muito parecidas como se o mesmo artista ou fotógrafo as tivesse captado da mesma forma, no mesmo tempo, no mesmo lugar. Não sorriem os rostos. Estão sérios, antigos, envelhecidos, petrificados, fósseis, imóveis. Mais sérios antes na altura do retrato do que agora, no preciso lugar onde jazem extintos. Um prenúncio de morte? Tanta coisa em comum uns com os outros. Desconhecidos em vida, vizinhos na morte.
Flores secas, defuntas, flores frescas, de plástico, naturais ou viçosas em contraste com a morte que velam – todas sinónimo do (des)amor e (des)homenagem que recebem dos seus entes vivos e da falta que estes deles sentem.
Porque a morte dos outros para nós é nada ou quase nada - o que os olhos não vêem, o coração não sente. A perda de quem não conhecemos não nos traz dor, não tira sono, não acarreta preocupação nem prejuízo. Não pensamos nela - nessa morte que não é nossa e nem mesmo circunvizinha. Sabemos que está lá porque é o desfecho natural da vida, ainda que nos tenham ensinado que esta é uma breve passagem para uma outra coisa qualquer (gostava muito de saber porque é que na altura de embarcar nessa forçosa e inevitável viagem queremos tanto agarrar-nos à margem de cá!).
Mostrar mensagens com a etiqueta Curiosidades. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Curiosidades. Mostrar todas as mensagens
domingo, 3 de agosto de 2008
domingo, 17 de fevereiro de 2008
Oração
Senhor (Deus, Budha, Alá, Pastor, etc) nosso que estais no ‘Paraíso’,
Santificado seja o Vosso bom e prezado nome
Trazei-nos ‘luz’ e paciência ao Vosso reino.
Seja feita a Vossa vontade e que a mesma seja também a Nossa - assim na terra como no céu, nos nossos lares, locais de emprego e de diversão.
Fazei com que os Primeiros Ministros, os Presidentes das várias Repúblicas, os Reis, as Rainhas, os Príncipes, as Princesas, os seus casos amorosos, os magnatas e os nossos chefes, se governem, apenas por um trimestre, com o ordenado mínimo para, depois, os ouvirmos dizer ‘É impossível apertar mais o cinto, como é que eles conseguem!’.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje (e sempre) e que esse pão seja o deles também.
Perdoai-nos as nossas ofensas, devaneios, sonhos, ambições e dívidas. Assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, roubado (com ou sem consentimento), usurpado, ignorado e feito passar por angústias.
Não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal, do Banco de Portugal, das Finanças, das Seguradoras e das retenções na fonte.
Amén.
Santificado seja o Vosso bom e prezado nome
Trazei-nos ‘luz’ e paciência ao Vosso reino.
Seja feita a Vossa vontade e que a mesma seja também a Nossa - assim na terra como no céu, nos nossos lares, locais de emprego e de diversão.
Fazei com que os Primeiros Ministros, os Presidentes das várias Repúblicas, os Reis, as Rainhas, os Príncipes, as Princesas, os seus casos amorosos, os magnatas e os nossos chefes, se governem, apenas por um trimestre, com o ordenado mínimo para, depois, os ouvirmos dizer ‘É impossível apertar mais o cinto, como é que eles conseguem!’.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje (e sempre) e que esse pão seja o deles também.
Perdoai-nos as nossas ofensas, devaneios, sonhos, ambições e dívidas. Assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, roubado (com ou sem consentimento), usurpado, ignorado e feito passar por angústias.
Não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal, do Banco de Portugal, das Finanças, das Seguradoras e das retenções na fonte.
Amén.
terça-feira, 13 de novembro de 2007
Curiosidades
Liguei, hoje, a um amigo, de há alguns anos, para o parabenizar depois de ter sabido que vai ser pai. Pergunta da praxe:
- ‘Como está a futura mamã?’
- ‘Bem obrigado…está a descansar, anda um bocadinho enjoada…’
- ‘ A descansar? Mas está de quanto tempo?’
- ’12 semanas’.
- ‘Isso dá qualquer coisa como 3 meses (mais coisa, menos coisa)..mas a gravidez é de risco?’.
- ‘Não, mas teve uma ameaça de abortamento (!!!!!!!!!!!!!!??????) e está de repouso até à próxima semana.’
- ‘Aborto….queres tu dizer!!…’
- Não…abortamento é o termo correcto…é o que está escrito no relatório médico…se quiseres mostro-te para comprovar.’
Aqui o diálogo ‘complicou-se’ para mim ….. que MERDA de palavra é esta que eu nunca ouvi???
Claro que a ‘espertinha’ (aqui a fazer o papel de perfeita idiota) não podia deixar passar em branco (defeito de formação) e tinha que ir averiguar se a palavra era digna de o ser e se, de facto, tinha existência.
Na falta de dicionário, há que enviar uma sms a um amigo obstetra e fazer a pergunta. Resposta do Dr. Pedro: ‘Ambos (aborto e abortamento) são termos correctos. Aborto usa-se no sul e abortamento no norte do país’.
Só nestas alturas é que tenho ‘bergonha’ de ser do Norte
- ‘Como está a futura mamã?’
- ‘Bem obrigado…está a descansar, anda um bocadinho enjoada…’
- ‘ A descansar? Mas está de quanto tempo?’
- ’12 semanas’.
- ‘Isso dá qualquer coisa como 3 meses (mais coisa, menos coisa)..mas a gravidez é de risco?’.
- ‘Não, mas teve uma ameaça de abortamento (!!!!!!!!!!!!!!??????) e está de repouso até à próxima semana.’
- ‘Aborto….queres tu dizer!!…’
- Não…abortamento é o termo correcto…é o que está escrito no relatório médico…se quiseres mostro-te para comprovar.’
Aqui o diálogo ‘complicou-se’ para mim ….. que MERDA de palavra é esta que eu nunca ouvi???
Claro que a ‘espertinha’ (aqui a fazer o papel de perfeita idiota) não podia deixar passar em branco (defeito de formação) e tinha que ir averiguar se a palavra era digna de o ser e se, de facto, tinha existência.
Na falta de dicionário, há que enviar uma sms a um amigo obstetra e fazer a pergunta. Resposta do Dr. Pedro: ‘Ambos (aborto e abortamento) são termos correctos. Aborto usa-se no sul e abortamento no norte do país’.
Só nestas alturas é que tenho ‘bergonha’ de ser do Norte
Subscrever:
Mensagens (Atom)