segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Eu ordeno!


Façam desta vida a Vossa vida (Só podem vivê-la uma vez).
Façam deste ano o Vosso ano (Pode ser o melhor de todos e também o último).
Façam deste mundo o Vosso mundo (Viver a sério...só mesmo neste).
Façam dos amigos os Vossos amigos. (São poucos e vale a pena lutar por alguns).
Façam da família a Vossa família. (É preciso viver, ou aprender a viver, com ela).
Façam do amor o Vosso amor. (Mesmo quando vos disserem que não é aquele).

Parecem tarefas impossíveis, por vezes. Todas elas estão ao alcance de uma mão, da nossa vontade, da comunhão com os outros e com o mundo. Não falseiem, não trapaceiem, não tomem caminhos mais curtos ou atalhos porque quase sempre não resultam, ou só resultam para os 'espertos' e nós, quase nunca, pertencemos a essa classe.

Se eu me deitar aqui, sozinha, quieta...se eu me deitar só aqui, nada acontece. A menos que alguém esteja disposto a deitar-se, esperar comigo e esquecer o mundo. Esqueçam o que Vos disseram ou contaram...tudo, de uma vez. Corrijam o mal que houver para corrigir e o que ainda for possível.
Façam o impossível para consertar aquilo que realmente desejarem. Ignorem o que não tiver conserto, passa a ser remedeio e...essa parte?, não interessa mesmo nada. Quando muito resulta o Hansaplast e, mesmo esse?, descola com a água, com a transpiração e acaba por cair e por vos deixar ficar mal. Não há curas milagrosas só a vontade e o desejo de fazer melhor.

Eu Vos ordeno!
Perdoem quem não vos perdoou e até nem merece.
Amem mesmo os que vos falham, mas já fizeram bem um dia.
Guardem para vocês o que merece ser guardado.
Deitem fora o pior e reciclem o bom que sobrou.
Persigam as boas pessoas e ensinem as más.
Apaguem da memória quem de propósito vos faz sofrer.




Pensamento do dia


Um mal nunca vem só. (Antes nunca tivesse dado conta)

Depois (Parte III)

A Madalena olha para o Luís e os olhos interrogam, ‘O que se passa?’ e a merda da mala decidida que não lhe sai da frente só para a desafiar!

O Luís diz, ‘Vou-me embora. Já não te amo.’ Pega na maldita mala e bate a porta atrás dele, deixando-a confusa.

A Madalena? A Madalena fica sem chão, sem tecto, sem paredes, sem cadeira; perde a força e não tem onde se apoiar. Tentem caminhar com as pernas bambas e vão ver o que vos acontece! Pensa ‘Mas o que vem a ser isto?, vem, não!, veio…porque já aconteceu e ninguém se lembrou de me avisar para me defender!’ O que é que falhou?, Onde ficam o amor?, e a cumplicidade?, e o carinho?, e as noites escaldantes de sexo?, sim….agora menos, mais dores de cabeça a desculpar a falta de vontade, a decrescente correria para chegar a casa, as leituras a meias já adormecidas e olvidadas pelo cansaço, o disco de Barry White que já não tocava, a comida requentada em vez do jantar fora d’ horas,… e depois?? Não significava que deixara de amar o Luís!

Sentia-se incompreendida e deixada de lado no prato como a gordura indesejada do bife. Vinham as desculpas ‘Se calhar…’, logo depois a culpa ‘E se eu tivesse...’. A mania de ter que achar explicações e soluções para as coisas e não aceitar o que mal que nos sai na rifa! E depois de tudo, ainda cabia a esperança de que a mala estivesse confusa, que ansiasse o regresso, que se arrependesse, que ainda amasse; o desejo premente que o telefone tocasse e fosse o Luís que a adorava e não vivia sem ela; que o perdão surgisse quando menos se esperava, que a vida fosse mãe e não mais madrasta.
Quantas vezes a Margarida amou com a certeza que era para sempre? Será que ela e o Luís ainda se adoravam no final do dia?

O tempo.
Só ele curou a ferida da Margarida. Levou com ele os fiapos de ansiedade, as sobras de esperança, a réstia do amor que sobrara e os pózinhos de pena que por si sentira.
A Madalena continua a ir ao mesmo bar, quando o dia não corre bem. Mas esta?, … esta é a Madalena do depois, definitivamente, diferente do antes e do durante. Não é pior….só que está mais 'crescida'. Ainda sabe amar e disso não abdica. Sabe que a vida não é sempre má nem sempre boa. É oscilante, vacilante e variável. Sabe que devemos estar preparados para tudo, mesmo quando esse tudo parece perfeito e tão prometedor. Mesmo assim, continua a acreditar e essa foi a lição mais importante.

Durante (Parte II)

Algumas saídas, encontros fortuitos e quentes depois, três semanas volvidas e viviam juntos. Bem…não oficialmente, mas ele ia ficando, a escova de dentes a acasalar com a dela no lavatório, a espuma de barbear junto aos tampões para dias de muito fluxo, a roupa interior junto à dela no estendal (e os vizinhos a comentar), os trocos misturados no ‘despeja-bolsos’ à entrada do hall. E, mais tarde, tudo! Os livros, os pertences, a roupa toda, o cd preferido do Barry White, os ténis para o jogging do final da tarde (sim, porque aquele (quase) abcesso abdominal ia ter que desaparecer!).
Davam-se bem. Liam livros a meias ao deitar, cozinhavam a altas horas da noite para alimentar as tórridas maratonas de sexo, eram compreensivos, saudavelmente dependentes, ligavam-se a toda a hora quando longe um do outro, juravam amor eterno na frente de todos. Fazia sentido juntos, tudo parecia pior separados. Muitas flores, presentes e carinhos à mistura. A pressa de chegar a casa só para se verem. Os amigos deixados de lado por não aprovarem e a voz na cabeça da Madalena a concordar com tudo, cada vez mais alta.
O miolo da questão é que ela o amava. O resto não importava. Acreditava no amor do Luís e retribuía de volta. Não se arrependia de nada, mesmo nos dias em que parecia ou pareciam cansados. A vida é mesmo assim. O tempo para amar parece sempre pouco e aparecem sempre coisas pelo meio para nos distrair: o trabalho, a família, os problemas, o distanciamento justificado. Não se ia deixar abater por uns pormenorzitos. Sempre ouvira dizer That’s the way life is. Hoje menos bom, amanhã melhor. O importante era amar e saber que amava mesmo. Afinal de contas, achava que nada podia correr mal.

A chave entra na ranhura da fechadura perra da porta da entrada (a lembrá-la que precisa de óleo há mais de meio ano), uma volta para a direita, escancara-se assim, simples. A Madalena vê a mala. Atrás dela o Luís. Agora, ainda, com o olhar sereno, mas não apaixonado.

Antes (Parte I)

A Madalena é normal, da forma como as mulheres sabem ser. É gira sem parecer uma Barbie. É independente, vive sozinha e gosta disso. Tem muitos amigos … verdadeiros, verdadeiros, poucos…como toda a gente. Sabe estar bem consigo mesma.
Quando o dia não corre bem ou podia ter corrido melhor, gosta de se ‘esconder’ num bar para tomar uma bebida apaziguante. Ouve Jazz e sabe-lhe pela vida fumar um cigarro pensativo.
Está disponível de forma saudável e….disponível! Não gosta de engates pré cozinhados nem sequer dos do acaso, embora já tenha passado por lá um punhado de vezes. Foi assim que conheceu o Luís.
Os amigos próximos não aprovaram, ‘Não faz o teu tipo, mereces melhor, olha lá bem para ele!, não é nada simpático’…etc, etc, etc.
A Madalena fez orelhas moucas. Que lhe importava a opinião dos outros quando a vida era dela e de mais ninguém?

Talvez até tivessem razão. Ele não é uma estampa, não faz parar o trânsito, é introvertido para além da conta, a cara marcada por um problema de bichas, a sobrancelha cerrada (‘Graças a Deus não unida, tipo andorinha em desenho da pré-primária!’), o canino esquerdo, levemente, encavalitado no incisivo, uns 5 kgs a mais numa considerável protuberância abdominal, a calvície um tantinho precoce, baixo de mais para a estatura dela, mas os olhos?, os olhos valiam tudo: doces, amendoados, hipnóticos…o olhar sereno, prometedor, penetrante e apaixonado foi o que a cativou e a fez avançar e não recuar.

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Diferente....só?


Ok...sou diferente e sinto-me diferente.
Não me acho igual às pessoas da minha idade. Porquê?
Não sei. Só sei que é verdade há já algum tempo. Mas porquê?
Porque vejo as coisas de forma diferente, porque quero tudo o que os outros querem, mas de forma diferente, porque sou mais atenta, mais sensível, mais preocupada. Sou feliz na minha infelicidade e infeliz na felicidade. Ou, pelo menos, arranjei forma de o ser. Descobri que não preciso de ter ninguém....dou-me bem sozinha e...no entanto, preciso de ser amada e de toda a gente que puder estar perto. Gosto de estar só, dos momentos comigo mesma, da minha música e dos meus livros, mas só de vez em quando, não é sempre.
Adoro os amigos e rir com eles. Não fico zangada por não os poder ver sempre. Sei que quando estão....estamos mesmo. Reconheço-me em alguns deles. Em relação à sensibilidade a minha mãe é a minha pessoa; o Eduardo é a a minha pessoa de porto de abrigo (à distância); o (meu mano) Vítor é o meu tipo de pessoa - excepcional, mas pronta a disparar quando injustiçada; a Marta é a minha pessoa doce e que nunca me faz esquecer de mim mesma; a (tia) Ana é o meu espelho interior nas fases menos boas e deprimidas (do 'quando estou em baixo, que se lixe o resto e os outros!'); a (tia) Elisa é a minha pessoa dura, mas mole que pragueja quando está nervosa; O Manel é a minha pessoa que me levanta o ego e me mostra quem sou (ou posso ser).

Encontro similitudes comigo em todos eles. Mas aquilo que sou, sou sozinha, em mim. Estou bem assim sem achar que sou melhor que os outros e a reconhecer as minhas fraquezas. Sei que sei fazer alguém feliz. Sei que tenho ou já tive quem me faça feliz. Mas o que é ser feliz? Será que é ser aquilo que já sou?

Viver assim. Aprender a viver assim. Gosto de caminhar de cabeça levantada e sentir a chuva no rosto e rir, rir ... e no minuto seguinte caminhar cabisbaixa no meu casulo. Com 30 anos consegui criar uma carapaça de protecção, mas não daquelas muito fortes, pois ainda quero sentir o que houver para sentir: dor, amor, prazer, tristeza, paixão. Quero tudo....e quando um dia deixar de sentir é porque a carapaça se tornou tão forte, tão forte...que prefiro morrer.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Crenças à parte..

Não queria deixar de vos desejar, a Vocês que alimentam este pobre blog com as vossas visitas ou leituras, um Feliz Natal com o melhor que há no mundo: paz,alegria, saúde e amor. Não como frase deste blog ou desta época, mas desta vida....não esqueçam:
A vida é simples, nós é que a complicamos com as nossas 'merdas', maus-feitios e 'caraminholas'.

O importante é o momento (sem querer plagiar o mote de uma das redes móveis que por aí andam) - Vive o momento, agora! Amanhã pode ser tarde de mais...é por isso que o 'Natal' deve ser todos os dias.

Pensamento do dia


A melhor parte de nos martelarmos a nós mesmos é quando paramos de o fazer.

Puré de batata

Descasque as batatas, parta-as ao meio, lave-as e ponha-as a cozer em água temperada com sal. Depois de cozidas, escorra-as e passe-as no ‘pass-vite’. Leve ao lume com uma noz de manteiga, adicione leite, rectifique o sal e mexa, vigorosamente, até obter um puré homogéneo e suave. Prove…hummmm, bolas!, não está no ponto, falta qualquer coisa! Mas o quê? Não me lembro do ingrediente que faz com que o puré tenha aquele gostinho especial.

Há ingredientes que se ‘escondem’ na nossa mente, nestas pequenas ‘receitas’ do dia a dia que supostamente deveríamos saber de cor e na pontinha da língua.

Em relação às pessoas acontece o mesmo. Características e gostos escondidos, porque quase ninguém se mostra a 100%. Pode não ser de propósito, mas simplesmente porque ninguém pergunta e também porque quase sempre julgamos que não há vivalma disposta a ouvir. Era bom que o ser humano nascesse e crescesse legendado. Interior e exterior a descoberto, sem esconde-esconde ou jogo de ‘cabra-cega’.

A minha legenda?
Não gosto que se riam quando falo sério; sou pessimista por natureza; vivo com os meus pais e tenho uma irmã; não gosto de chocolate; sou fundamentalista a favor dos animais; gosto de correr e usar sapatilhas; sou alérgica à penicilina e à mediocridade gritante das pessoas; chá verde é uma das minhas bebidas favoritas logo atrás da Coca-Cola; gosto de bolos de arroz e de acordar cedo; tenho pavor a conduzir e nunca aprendi a andar de bicicleta; adormeço na posição fetal e quase nunca me mexo; adoro a minha mãe mais do que tudo na vida; sinto a falta do meu avô António; sou fã de cinema e de todos os clássicos que me fazem chorar; quando me tocam no sítio certo, derreto-me toda; DMB é a minha banda de eleição; não sou fã de vozes femininas, mas não me importava de acordar todos os dias com a voz da Norah Jones; revolta-me a mentira e a falta de amor; os livros são uma prioridade e a paixão pela escrita de José Saramago também; amo a praia e o sol quente que empurra os gatos para debaixo do tanque; prefiro os finais de tarde a todos os outros momentos do dia.

Pequenas coisas que guardamos para nós. Não nos perguntam. E raramente estamos sensíveis para as interpretar ou reconhecer nos outros. Conhecer estes pequenos pormenores poupava uma grande carga de trabalhos.

Raspa de noz-moscada! Era esse o ingrediente que faltava! O pormenor esquecido para deixar mais saboroso o puré de batata – ‘a cereja deliciosa no topo do bolo’. Como fui capaz de me esquecer dele!

Sucess...


Sucess...
Everybody wants it.
It's good to have goals in life.
Sometimes it´s hard.
But not impossible.
A good start is to make a list of what you want.
The best way is to look fot things you already have and improve them.
Seek perfection.
But try to look for that perfection on your imperfections.
Do the same with other people.
Be optimistic without being too critical about all sorts os things.
The choice is simple.
Don't wait for other people to decide.
Pick your chances.
Take those chances.
Trust yourself.
Try your best.
Seek the light....or don't.
Because in the dark there mey be fear....but there's also hope,

E se...


E se o mundo acabar e não tiver tempo para tudo?
E se me faltarem os que amo, por quem dou o mundo?
E se o barco se vira e depressa me afundo?
E se o fio de vida se tornar moribundo?

E se o tanto que tenho se tornar num nada?
E se não te encontrar no topo da escada?
E se morro de amor por não ser amada?
E se tu desistires de uma assentada?

E se adormeço um dia e nunca desperto?
E se vivo para ti de coração aberto?
E se morro no dia em que não ficares perto?
E se não corro para ti quando estiveres liberto?

E se tudo perco e por nada me agito?
E se peço ajuda sem me ouvirem o grito?
E se mexem comigo quando me fico?

E se esmoreço para não mais amar?
E se tudo o que é bom de repente acabar?
E se, apesar de tudo, continuar a falhar?

Começar de novo é um grande princípio.
Ninguém diga que é fácil.
Podemos fazê-lo mudando os outros.
… ou simplesmente a nós mesmos.
O melhor…. é uma parte de cada.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Sermos observados


É uma constante diária. Não nos apercebemos, mas estamos constantemente sob ‘vigilância’, sem contar com as relaxantes horas de sono (se dormirmos sozinhos, claro!).

Há coisas inatas que fazemos a toda a hora sem nos apercebermos – são tiques, ‘vícios’, hábitos, rotinas, pequenas distracções, deslizes - e fazemo-las em todo o lado – em casa, no carro, no shopping, no restaurante. Estão tão ‘dentro’ da nossa pele e são tão intrínsecas, tão naturais que nem damos conta e, se pensamos nelas,….pimba!….é sempre depois de as termos feito.

Falo da forma como mexemos no cabelo, coçamos partes corporais menos próprias, olhamos os outros, limpamos (tão deselegantemente) o nariz, lambemos os lábios, roemos as unhas, sorrimos sozinhos, cantarolamos para nós mesmos sem percebermos que os outros nos ouvem, arregalamos as sobrancelhas, resmungamos para dentro, estrebuchamos com alguém, fazemos cara de maus ou choramos contrafeitos.

Não temos que achar que somos o centro do mundo, mas a verdade, nua e crua, é que a maioria dos nossos movimentos é observada por maquinismos de vídeo-vigilância, telefones (que gravam e filmam tudo e todos….se o Sr. Graham Bell visse uma coisa destas revolvia-se, violentamente, no túmulo) e pelos demais, pelas pessoas como nós, que fazem tudo igualzinho sem se aperceberem da figura que fazem(os).

Somos voyeurs das vidas e dos movimentos dos outros. E estas imagens até valem dinheiro. Basta ser-se famoso….ser eu ‘apanhada’ a tirar um ‘macaco’ do nariz ou ser a Eva Longoria é bem diferente, convenhamos!

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Apesar de tudo…

A vida é estupenda.

Se, às vezes, distraídos não nos damos conta desta verdade é, somente, porque estamos assim mesmo…distraídos.
Andamos sempre ocupados com as nossas coisas, com os atritos de nossa própria autoria ou (co)autorizados por outros e a pensar no que corre menos bem que, invariavelmente, deixamos de pensar o quão gratificante a vida pode ser.
Empolamos a vida profissional em detrimento da familiar. Entregamo-nos mais ao trabalho, com a verdade de que é ele que nos paga as contas, do que às pessoas. Temos ‘medo’ de responder mal no emprego e estamos mais prontos a fragilizar os laços familiares ou de amizade.

Quase nunca pensamos nisso. Muitas vezes sobrevivemos adormecidos para a verdade de que as pessoas são o mais importante. O mundo é feito delas e é delas que se faz o mundo. Vivemos para nos relacionarmos.
Quase sempre acabamos por pensar, um dia, que podíamos ter feito mais, melhor e diferente. Infelizmente, às vezes, é tarde de mais. A realidade piora quando a pessoa já morreu. Aí sim, a culpa é enorme. Não há reviravolta nem marcha à ré. Sofremos com o pouco que fizemos e mais ainda com o tanto que podíamos ter feito. Perdemos o tempo que sempre foi escasso, inexorável e irreversível. Martirizamo-nos. Mais pelo nosso egoísmo do que pela flagrante e mascarada distracção.

Que esplêndido é sentir uma carícia na mão, um afastar de cabelo dos olhos disfarçado de festa, um olhar fraterno de gratidão por aquilo que somos, um acenar de cabeça consentindo e aprovando aquilo em que nos tornamos, um sorriso orgulhoso quando nos mantemos perto, um abraço que debita amor porque retribuímos.

Viver é bom.
No seio de boas pessoas, ainda melhor. No colo das ‘nossas pessoas’ então, nem se fala. Viver bem é amar os outros e demonstrá-lo. Sem medo, sem rede, sem quê’s ou porquê’s. Só porque sim.

Mais do que isto…


É fácil transformarmo-nos em peritos ou filósofos em relação àquilo que vemos, especialmente quando sentados num sofá com um copo de whisky a emoldurar-nos a mão e a inflamar-nos o espírito.

Quando, feitos actores, encarnamos este tipo de personagem, o que vemos, basicamente, é muito semelhante à visão que temos quando conduzimos um carro: observamos a paisagem que nos vai nascendo à frente e, quando muito, fugazmente, a que ‘retrovisoramente’ assistimos ou a que nos vai escapando dos lados. Redutoramente, não observamos o que se passa em cima ou em baixo.

A lua, por exemplo, ‘mora’ lá em cima, todos os dias empurra o mar fora e dentro, controla o ciclo menstrual, apadrinha a desova do peixe-rei e todas as histórias de amor e, dizem as estatísticas que, na sua fase cheia, o crime por homicídio cresce três vezes mais do que o normal.

A água está presente em todo o lado. No mar, no céu, na terra, nos olhos, no copo, no banho, na pele. Mata por excesso e por escassez. Dá vida e tira. Limpa, lava, suja, molha, infiltra-se.

A terra é vida semeada. É fonte de alimento. É também para pisar, amar, fecundar, conquistar, vender, comprar, cuidar. É territorial e patrimonial. Acolhe, divide e une. É chão, é berço, é objecto desejado e tantas vezes impiedosamente roubado, é tradução de poder em nome do qual se mata, esfola e escraviza.

O ser humano é mãe, pai, homem, mulher, criança. É empregado, é patrão, escravo de algo ou alguém. É bom, mau, cruel - tanto faz. Não deixa de o ser, mesmo quando não parece. Existe também nos outros, naquilo que nos é dado ver e no que está escondido. É composto, indivisível, complicado e simples. Falha e acerta, ama e ‘desama’, esconde e revela, escolhe e não escolhe. Não é perfeito, embora pretenda ser – é, antes, humano.

Significado: há sempre mais do que isto.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Ainda há coisas...

... que me fazem sorrir!!!!

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Sem limites

Podemos dizer e pensar o que queremos.
Somos livres para pensar,fazer ou dizer o que nos apetece.
(Este é um dos muitos benefícios de viver num Estado (dito) Democrático).

Quando o que temos para dizer sobre algo ou alguém sair SEMPRE em forma de crítica negativa, temos que saber quando devemos parar, especialmente quando já o fizemos vezes e vezes sem conta.

Repisar assuntos ou 'bater' em alguém quando a pessoa já percebeu o nosso ponto de vista ou quando esse alguém já se rendeu é falta de fair-play.
Saber parar é uma grande virtude.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Peter Gabriel - Solsbury Hill




Climbing up on solsbury hill
I could see the city light
Wind was blowing, time stood still
Eagle flew out of the night

He was something to observe
Came in close, I heard a voice
Standing stretching every nerve
I had to listen had no choice

I did not believe the information
Just had to trust imagination
My heart was going boom boom, boom
Son, he said, grab your things, Ive come to take you home.

To keeping silence I resigned
My friends would think I was a nut
Turning water into wine
Open doors would soon be shut

So I went from day to day
Tho my life was in a rut
till I thought of what Id say
Which connection I should cut

I was feeling part of the scenery
I walked right out of the machinery
My heart was going boom boom boom
Hey, he said, grab your things, Ive come to take you home.
Yeah back home

When illusion spin her net
Im never where I want to be
And liberty she pirouette
When I think that I am free

Watched by empty silhouettes
Who close their eyes, but still can see
No one taught them etiquette
I will show another me

Today I dont need a replacement
Ill tell them what the smile on my face meant
My heart was going boom boom boom
Hey, I said, you can keep my things, theyve come to take me home.

Hipnose

Ainda estou para descobrir o que se passa com esta música, que alguns chamam de ‘pimba’, ‘comercial’ e ‘fácil’, que não nos sai da cabeça, do ouvido e da boca.

Odiamos este tipo de folclore musical, olhamos para quem o ouve de soslaio, não entendemos como pode ser vendável (ainda que o seja a granel e às paletes) e, no entanto, basta que ouçamos este tipo de música uma única vez e … estamos amaldiçoados! Quando menos esperamos, estamos a cantarolar Shakira num ‘mix’ com Beyoncé Knowles no chuveiro, no carro, no emprego, em casa….em todo o lado. E a vergonha que um tipo passa?! Socorro!!!

Só pode ter propriedades mutantes ou até hipnóticas para nos ‘agarrar’, assim, sem qualquer piedade artística. Enraíza-se em nós, infiltra-se e ganha terreno sonoro, acústico, vocal. Toca ao de leve no ouvido (porque não tem substância para mais) e depois não sai da cabeça, já fez a mala e já se instalou com letra e refrão fácil na bagagem. Enquanto estamos acordados, ela mantém-se ali, para escuta, frenética, electrizante, nervosa e vergonhosamente repetitiva…só desaparece depois de uma noite bem dormida (cura desejada para vários males). No dia seguinte, dissipou-se, miraculosamente, como nevoeiro mais que cerrado em manhã de Verão. Ufa….que alívio!

Temporariamente, sai uma tonelada de cima dos ombros porque ELA desapareceu, mas sabemos que a qualquer hora vai ‘atacar’ numa berraria pegada, num qualquer aparelho radiofónico perdido algures. Aí?, aí começa a saga toda de novo, mais 12 horas de tortura. A solução será passarmos a andar de tampões de silicone nos nossos belos ouvidos. Não corremos assim o risco de nos descobrirmos hipnotizados contra a nossa vontade.

(Outra) Boa dica musical


Não percam! The Cure, Lx, no Pavilhão Atlântico a 8 de Março (Sábado).

Bilhetes à venda nos locais habituais.

O preço da verdade

(inspirado em factos reais - numa conversa de ‘pé de orelha’ em jeito de desabafo)

As pessoas estão preparadas para desabafar a sua vida, mas depois aceitam mal, ou nem sequer aceitam, o que os outros têm a dizer acerca do assunto. Perguntam a opinião por tudo e por nada, desejando a concórdia e nunca o contrário.

A verdade pode doer. E, às vezes, não é pouco - porque os outros podem ser amigos, mas isso não significa que pensem ipsis verbis como nós. Antes de avançar para o desabafo, devemos ponderar se estamos preparados para a discórdia (dos outros) em relação àquilo que pensamos sobre a vida e à postura que adoptamos em relação à mesma. Às vezes, parece tudo perfeito, mas o castelo de cartas é frágil e não vá alguém, ou mesmo nós próprios com a nossa ‘insegurança’, pregar uma rasteira à rainha de copas e fazer desmoronar tudo em menos de um piscar de olhos. A preparação prévia para ouvir tudo (ou de tudo) é a postura mais saudável: escutamos e filtramos, aprendemos com isso e fortalecemos nós de confiança e amizade (prefiro nós a laços….os últimos são mais fáceis de desatar).
Expormos a alguém conhecido a nossa vida é fragilizarmo-nos, de algum modo: deixamos transparecer o que somos, o que fazemos e o que pensamos. Fazê-lo com um desconhecido é um risco controlado. Se não gostarmos do que nos disser, a solução é virar costas e mandá-lo(a) plantar batatas…nem mais, nem menos.

Pede conselhos aos outros, apenas, quando estiveres preparado para ouvir a verdade.

Depois também existem aqueles a quem nunca pedimos opinião - porque não nos interessa (‘Não sabem como gerir a vida deles, mas para serem abelhudos com a dos outros, até fazem fila!’)- mas eles gostam de a ofertar, gratuitamente.
Outro bom conselho será: ‘Opina só quando alguém te pedir’.

O melhor juiz é sempre a nossa consciência.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Curtas

Há coisas que me fazem sentir limitada.
Uma delas é quando ouço dizer, variadíssimas vezes, porque faz parte da gíria nortenha, ‘fizeste uma cagada em três actos!’….
Expliquem-me…o que quer isto dizer?? É que a menos que esteja MUITO mal, 'intestenalmente' falando, e me esteja a desintegrar, o meu hábito é fazer cagada, mas toda de uma vez. Se os outros obram em três partes e eu numa….devo ter algum problema!!!! Esclareçam-me, por favor. É que me recuso a ficar na ignorância e continuar a sentir-me mais idiota ainda por não saber o que isto significa.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Pecados capitais ou capitalizáveis?

Há coisas que não se devem fazer! Todos sabemos isso!, desde pequeninos (que é quando devemos torcer o pepino e endireitar a personalidade).
Ensina o catolicismo que coisas devemos ou não fazer sob pena de para o Inferno ‘girarmos’. E a lista não é pequena. Sete…são sete os pecados (ou transgressões de preceito religioso), mais que pecadilhos, que não devemos cometer, jamais!

A Preguiça
Todos devemos ‘fugir’ dela porque ser preguiçoso é gravíssimo! Para isso, temos um trabalho que nos ocupa 40 horas semanais (na maioria das vezes este número é inflaccionado, exponencialmente). Sentimo-nos, muitas vezes, escravos da labuta (ou da ‘mercearia fina’ que nos emprega). Vivemos mais no escritório do que no sofá lá de casa. E vem alguém dizer-me, desde tenra idade, que não posso mandriar?? Não é justo!

A Gula
Dizem que também é pecado capital. E o mundo evita, ao máximo, evitar a prática deste acto tão infame!!! A justificar a incongruência está a existência mais que provada da obesidade mórbida e/ou infantil; o aparecimento da deliciosa ‘nouvelle cuisine de plástico’ a aliciar-nos todos os dias; a continuidade da tradição da farta e retemperada Cozinha Portuguesa, sem esquecer a doçaria conventual (que é de lamber os beiços)! É que até os clérigos gostam de um grande repasto e uma boa ‘pinguça’. Valeu a pena este ensinamento! Quem é que me vem dizer que quando estou na minha fase Bridget Jones não posso comer uma caixa inteirinha (ou várias) de bombons?

A Luxúria
Gostar de sexo está fora de questão!! Absolutamente proibido e altamente não recomendado. A ter que fazer….só na posição do ‘frango do churrasco’ (ou missionário – que até este nome deve ter sido dado pelos católicos) e somente para procriar. Nem é preciso tirar a roupa ou olhar para o parceiro…recomenda-se a luz desligada e nada de sensualidade ou respiração acelerada. Se quebrares a regra vais arder no Inferno (o bom destas coisas é que só vais uma vez….upss! depois de seres infractor uma vez, só podes querer continuar. O castigo é: uma vez luxurioso – uma vez para o inferno ou um milhão de vezes luxurioso – uma vez para o inferno…dá no mesmo!) …. acho que vale a pena pecar.

A Inveja
É muito feia, concordo. Mas até ela pode ter um lado bom. Invejar os outros e querer ou fazer-lhes mal é péssimo. Desejarmos viver a vida dos outros em vez da nossa é reprovável. Mas olharmos o que os outros têm de bom e, ainda que por inveja, querermos igualar, não é mau…é bom. Ajuda a que o ser humano se desenvolva e progrida. É a luta pela não estagnação do indivíduo e se o motor de propulsão for a inveja pelo próximo so be it! Considero que existe, portanto, uma sub-inveja, um sentimento intermédio que não chega a ser pecado, talvez seja pecadilho, mas que pode ser saudável.

A Ganância
Quem nos pode condenar por sermos um bocadinho gananciosos? O mísero ordenado que temos tem que ser repartido por nós (que demos o corpo ao manifesto), pela Segurança Social e pelas Finanças. Quase todos os fins do mês sobra mês e não sobra ordenado! E ainda têm coragem de acusar um tipo por querer amealhar tostões!!!!?????, sim, porque isso será o auge da ganância à qual a maioria dos comuns mortais consegue aspirar. Não vou cair aqui no cliché sindicalista de falar nos ‘ricos cada vez mais ricos e nos pobres cada vez mais pobres’. Mas esta merda tem sabedoria!

A Vaidade
Sim…somos pecadores e vaidosos…mais as mulheres e os gays, mas os homens já começam a cuidar-se. Imaginem se não pecássemos e deixássemos de nos depilar?, a dificuldade iminente de não conseguirmos distinguir homem de mulher com buço farto e sobrancelha cerrada!!! Que perigo….
Com tanto cirurgião plástico e tanta coisa para tirar e para meter cá dentro, como nos podem pedir uma coisa destas? Tantos sapatos, carteiras, bugigangas e maquilhagem por aí, quem é que resiste? Gosto muito mais deste mundo onde o patinho feio se transforma em cisne do que do Universo da beleza ao natural (escondida) do tempo das cavernas.

A Ira
Este pecado agrada-me. Uso-o muitas vezes. Quem não gostar que atire a primeira pedra! Revolto-me com muita coisa deste mundo. Faz bem zangarmo-nos, de vez em quando. Só assim podemos mudar o estado de coisas. Não sou muito passiva com as injustiças e indigno-me vezes e vezes sem conta com o mal que me fazem a mim, às pessoas de quem gosto e aos inocentes (animais e crianças indefesas no topo da lista). Quem consegue manter-se calmo e sereno perante o vizinho do lado que é pedófilo, a história dos serial killers Ted Bundy ou Charles Manson, o terror do Holocausto, a dor de perder um filho, a fome em África, etc, etc, etc? Não me julguem, por favor. Estou-me nas tintas se ao Inferno vou parar, se muitas vezes não é o Inferno que observamos viver em vida!

Depois há outros defeitos que não chegam a ser pecados, mas dizem os entendidos que podem ser ‘mortais’:

A Ambição: se não o fossemos, nunca teríamos pisado a Lua.

O Ódio: parecido com a Ira….merece o mesmo tratamento.

O Ciúme: quem não se sente….(o resto já sabem)

A Raiva: os animais têm a vacina … nós?, nós só temos que a controlar (e engolir sapos, muitos sapos).

A Maldade: é muito feia quando feita, apenas, de propósito.

Esta minha mania de ver o lado positivo em tudo….
Qualquer semelhança entre este texto e outros (de cariz religioso, ou menos religioso) é pura coincidência. Como ateia que sou, não percebo patavina de frases ou ensinamentos bíblicos.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

08/12/2007


É linda,
(a árvore).
Faustosa e imponente;
Tirando as filas intermináveis de trânsito,
Valeu a pena ver, e fotografar, e admirar, e fantasiar;
Na companhia da família mais próxima e com a chuva a acompanhar….
Aqui fica o testemunho fotográfico….
É Natal….e eu adoro o Natal.
O cheiro da canela;
O espírito;
As luzes.


A melhor cidade do mundo, o Porto, só podia ter uma árvore assim…

sábado, 8 de dezembro de 2007

Abecedário Português (de Amor)


Amar-te é…

Abrir-te o meu peito e convidar-te a amar.
Abraçar a tua vida e torná-la nossa.
Ampliar o sentimento todos os dias.
Agradecer, diariamente, a tua presença.
Afagar-te a alma quando estiver inquieta.

Beijar cada centímetro do teu corpo.
‘Beber-te’, sem desperdício, até à última gota.
Brincar distraída quando te tornares absorto.

Cantar encantada por te embalar o sono.
Curar-te as feridas e mágoas abertas;
Chorar, contigo, quando elas não fecham.

Deixar-te entrar para te apaziguar.
Desejar-te em qualquer hora, altura ou lugar.
Dedilhar-te o corpo para teu bel-prazer.
Dar-te o que precisas sem esperar receber.

Envolver-me em ti sem me querer afastar.
Encantar-me com os teus defeitos sem me assustar.
Escavar o nosso terreno amoroso quando estéril e inóspito.
‘Estudar’ o teu corpo em sistema 'braille'.
Embalsamar o nosso amor para que fique intacto;
Esculpi-lo em pedra para o Eternizar.

Ficar sem um pingo de vergonha nas noites de amor.
Fazer-te feliz para todo o sempre.
Fundir-me contigo numa cama quente.

Ganhar-te como prémio, mas nunca de guerra.
Gingar o meu corpo em cima do teu.
Galgar montes e vales, percorrer mar e terra.

Honrar-te sempre, inequivocamente.
Homenagear-te por me fazeres feliz.
Herdar-te em vida e na morte…e p'ra sempre.

Impedir que te vás pois quero que fiques.
Içar-te quando te sentires abaixo do chão.
Ignorar as investidas dos que nos querem mal.
Inquietar-te o desejo de nos amarmos no chão.

Jurar-te amor, eternamente.
Jorrar sobre ti, desesperadamente.
Julgar-te jamais, indubitavelmente.

Lembrar-me que nos pertencemos.
Lançar-me nos teus braços sem rede e sem medo.
Lutar por ti sem nos apercebermos.

Matar só o tempo em que não estamos juntos.
Mandriar contigo na preguiça de Domingo.
Menosprezar conflitos, fricções e atritos.

Namorar-te o corpo, a alma e o espírito.
Nascer e renascer vezes e vezes sem conta.

Oscular-te até que me doam os lábios.
Obrigar-me a ficar quando estou desistente.
Observar o teu sono como o melhor presente.

Procurar-te em cada canto de mim.
Perder-me em ti, em nós e aqui.
Percorrer o teu ser e encaixá-lo no meu.

Querer-te bem e acima de tudo.
Quitar-te a roupa e deixar-te mudo.

Rir de mim, de ti e de nós.
Reencontrar-te quando estiveres perdido.
Reconquistar-te quando for abandonada.
Redimir-me quando me tornar derrotada.

Saber, desde sempre, que foste feito para mim.
Sorrir de ter ver acordar assim.

Tocar-te e sentir a melhor parte do meu corpo a ser tocada.
Tender-te a minha mão mesmo amuada.

Urdir tramas e retalhos de amor para nos manter quentes.
Usurpar o teu corpo nas noites ardentes.

Ver-te em todo o lado e em mim.
Virar-me de frente quando estou zangada.
Venerar-te inteiro no palco do mundo.

Zombar de quem nos quer ameaçar a bem-aventurança.
Zelar para que nada falhe nem hoje, nem nunca.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Presunto Pata Negra

O ser humano é uma coisa preciosa.
Quando se fala de sentimentos, então...ui, ui....a coisa complica.
Como podemos amar tanto, tanto, tanto ... que até parece que o sentimento não cabe cá dentro e num espaço de milésimos de segundos esse sentimento pode transformar-se numa coisa, até aí, desconhecida. Diz a sabedoria (ou o analfabetismo) popular que o Ódio é o sentimento mais próximo do Amor... tudo bem, aceito e nem contesto.

Isto tudo para dizer que hoje de manhã dei um pontapé na porta do meu quarto (por causa da minha cadela Maria - que muito amo), fartei-me de chorar baba e ranho, fiquei-lhe com um pó (momentâneo, mas indescritível) e ganhei um pé direito todo negro e inchado.

Vale a pena Amar muito! :))))))

Saudade

A saudade faz murchar as paixões 'de mentira' e faz florescer aquelas que são 'de verdade', assim como um vendaval pode apagar a chama de uma vela ou alimentar uma grande fogueira.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Quem pediu conselho?

A vida não é dois dias…é muito mais do que isso.
Irrita-me quando as pessoas usam a sabedoria popular para nos darem a entender que não estamos a aproveitar a vida como deveríamos ….. EU faço o que QUERO com o MEU tempo e ninguém tem nada com isso!!!

Eu é que sei se é muito ou é pouco e o que quero ou não quero fazer com ele ….. porque posso não querer fazer nada, nicles, népia, bolha…..bolas!!!!!
Que gente tão sabichona!
Parece que não têm vida!
Mas alguém lhes pediu opinião??

Ben Harper - Diamonds on The Inside

Benjamin Chase Harper... é o nome do Sr. que escreveu e compôs esta música... uma das mais conhecidas do vasto reportório!!!

A interpretação da letra fica ao critério de cada um... Muitas vezes basta trocar apenas um "boy" por "girl" ou um "no monte debaixo das estrelas" por um "na praia ao som da traineira"!!!! É a beleza das músicas mais "fofinhas"... Cada um de nós lê como se ela fosse escrita para nós, como se o compositor tivesse acertado em cheio num momento bem especial da nossa vida!!

Aqui não há grande ciência... há quem tenha um enorme diamante no interior... e... quem não tenha!!!

A Nica tem!!!!



I knew a girl
Her name was truth
She was a horrible liar
She couldn’t spend one day alone
But she couldn’t be satisfied
When you have everything
You have everything to lose
She made herself a bed of nails
And she’s planning on putting it to use
But she had diamonds on the inside
She had diamonds on the inside
She had diamonds on the inside
Diamonds

A candle throws it’s light into the darkness
In a nasty world so shines a good deed
Make sure the fortune that you seek
Is the fortune that you need
Tell me why the first to ask
Is the last to give every time
What you say and do not mean
Follows you close behind

She had diamonds on the inside
She had diamonds on the inside
She wore diamonds on the inside
Diamonds
Diamonds

Like the soldier long standing under fire
Any change comes as a relief
Let the giver’s name remain unspoken
She is just a generous thief

She had diamonds on the inside
She had diamonds on the inside
She wore diamonds on the inside
She wore diamonds
Oh - diamonds
She had diamonds
She wore diamonds
Diamonds

sábado, 1 de dezembro de 2007

Untitled


Ok....sobre o concerto de ontem, o que posso dizer...

O som estava péssimo, o ambiente não era dos melhores, mas o artista...esse?, esteve em grande forma física e vocal. É fantástico perceber como é que um tipo chega aos 50 e tal anos e consegue manter-se enérgico, no showbusiness e (ainda) com uns abdominais definidos :).

Valeu a pena... quanto mais não seja porque o bilhete só custou uns míseros €10 (nada, perto do que já 'curti' a ouvir esta 'voz'), porque o concerto foi na minha cidade (e não tive, como de costume, que andar não sei quantos kms para ouvir boa música), porque fui vê-lo com amigos da minha adolescência (há quantos anos :)) e, last but not the least - havia cerveja Super Bock a € 1.50 :)).

Já era tempo de muitas so-called bandas que por aí tocam assistirem à forma muito sui generis como este Senhor (tão ao estilo de outros como David Bowie, Iggy Pop e Mick Jagger) se apresenta em palco....e aprenderem algo com isso.
No meio de rosas e pétalas atiradas ao público; por entre uma mistura de cheiro a perfume e a 'ganza' do tipo ao nosso lado e de muitas tentativas frustradas de conseguir ver o espectáculo do artista através de uma nesga entre-cabeças dos cabeçudos que se põem sempre à nossa frente.....valeu muito a pena.

Curtas



A parte boa de perdermos tudo é que a primeira coisa que se perde é o medo.