sexta-feira, 16 de abril de 2010

Há dias que não se esquecem.

Porque um filho nasce,
porque um dependente se liberta,
porque nos despedimos de alguém,
porque uma amiga nos trata,
porque se deixa um emprego,
porque se perde um cão, companheiro de vida.
Porque se quer arrancar o coração do peito,
porque quem amamos adoece,
porque o amor enferma,
porque se quer morrer,
porque se quer viver.
Porque querer não é poder ter
porque chorar pode ser não sofrer
porque rir pode ser esconder.
Porque um dia nos disseram, vais ser feliz
porque um dia provamos não ser assim
porque quem está perto não deixa de estar
porque quem já esteve tivemos que abjurar.
Porque o sol esteve cá e foi um dia bom,
porque a nuvem veio e ficou ruim
porque o tempo apaga
quando há dias assim.
(15 de Abril de 2010 (…) há dias assim)

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Curtas

Sabia que a vida conseguia ser filha-da-puta.
Não sabia era que conseguia sê-lo tanto de uma só vez.