sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Volver

Um mês de alegria, um ano de vazio.
Ela pergunta-se porque é que ‘volta’ para ele, de vez em quando...
É tarde.
Mas nunca o ultrapassou.
Era a forma dele se mover e de a mover a ela.
Não consegue virar-lhe as costas e ‘abandoná-lo’.
Caminha na sombra dele, ininterruptamente.
Quer deixar a luz ligada.
Para ela também.
A vontade não é tão grande como já foi.
Ainda acredita.
Pensa como seria.
Não abre mão disso.
É essa a armadura que veste. Sem olhar ao tamanho ou a modas convencionais.
O problema foi ele ter achado sempre que ela era forte de mais.
E ela não era.
Aquilo foi muito mais do que algum dia poderia suportar.
Nem sequer eram, foram ou ficaram amigos.
Já nem sequer o ama.
Mas não o consegue ultrapassar sozinha.
Um dia ela vai saber se o amor move mesmo montanhas.
E se ele era mesmo feito para ela.
Ainda ama o facto de pensar poder voltar para ele.
Não compreende esse facto.
Da mesma forma que não se compreende como é que Sansão amou tanto Dalila, ou porque é que enterraram o pote do ouro na ponta do arco-íris!!
Quer que o tango da vida lhe legende sem rodeios o que não sabe, soube ou saberá explicar.