sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Pátria minha

Gosto deste país.
Pequeno, mas à beira-mar plantado.
Sem guerras (com excepção para as internas), com bom clima (e o Algarve) e sem grandes cataclismos ou ‘mau-feitio’ da Natureza.

Temos um ‘Engº.’ José Sócrates, uma Dª. Helena :), um Saramago (este é um Senhor), uma aberração ‘Zé Castelo-Branquense’, uns renhidos e fervorosos adeptos dos três grandes - FCP, SLB e SCP - que se pegam à pancada por ‘dá cá aquela palha’ e assaltam toda e qualquer bomba de gasolina sem direito a repreensão, um Rock in Rio (em Lisboa), o galo de Barcelos, as (tão úteis) ‘das Caldas’, o Zé Povinho (como os Americanos têm o Uncle Sam), a Cerveja Super Bock….OK! … e a Sagres, a Cintra, a Tagus e a Imperial, os pastéis de Belém e os de Tentúgal, o caldo-verde e bom vinho, o NOSSO vinho. Mas o que este país tem, verdadeiramente, de melhor, é o facto de estar: cheio, recheado, repleto, a abarrotar de licenciados.

Melhor ….. arrisco mesmo a que 80% destes ‘estudiosos’ estejam a trabalhar fora das suas áreas de formação (eu incluída), ou não tivéssemos nós, ‘tugas’, uma das maiores taxas de desemprego da Europa (a par da de analfabetismo…quem diria!!!???).
O mais curioso é que, destes 80%, mais de metade tem formação em arrogância e altivez e nem o desemprego ou o emprego fora da sua área lhes baixa a ‘crista’ ou faz crescer a humildade profissional e/ou social.
‘Agarram-se’, de tal forma, à designação Dr. (porque é isso que eles são e que ninguém ouse dizer ou pensar o contrário!!) e não saem dali. Em qualquer repartição pública ou privada, bancos, finanças, lojas, etc, exigem que todos, sem excepção, os tratem pelo epíteto e ficam danados quando não lhes fazem jus à exigência. ‘Atiram’ com o anel de curso reluzente à vista de qualquer um; ‘gravam’ o estatuto (que acham que lhes confere imponência e respeito) nos cartões de débito ou crédito e fazem questão que seja mencionado, nos cheques e noutros documentos, os anos de estudo e a (de)formação que têm. Dependendo do curso que tiraram (Direito é o ‘ex libris’), a designação, antes do nome (e sobrenome, não vá alguém confundi-los com um António ou João qualquer), ganha importância (quase) baptismal e é tão relevante ou mais (até) que o próprio nome. E quando têm mestrado????? Ninguém os atura…
Antigamente, para se fazer uma pós-graduação era preciso ser bom aluno e ter boas notas…hoje, só é preciso ter dinheiro. Qualquer faculdade pública ou privada, instituto superior e/ ou técnico aceita candidaturas de mestrados acerca de…qualquer coisa….desde que pagues!!! Para seres professor do Ensino Superior tinhas que ser quase um ‘supra-sumo’…hoje em dia, com as ‘privadas’, só precisas de uma ‘cunha’! É a modernidade, a globalização, a massificação e a desburocratização do Ensino.

Se a pobreza de espírito e a mediocridade pagassem imposto, os cofres do Estado do nosso Portugal ficavam cheios!!!!

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Parabéns


Eduardo, esta mensagem é para ti...o teu dia não podia passar em branco no 'nosso' blog.
Tudo de bom para ti...um abraço.

Pensamentos


Podemos viver uma vida inteira para descobrir aquilo que queremos.
Podemos viver uma vida inteira para esquecer o que não queremos.
Quem somos? Isso é óbvio desde o primeiro dia.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Friends will be friends


Porque é que algumas mulheres têm mais ‘amigas’ versão macho do que amigas versão fêmea?
‘MEA CULPA’ …. incluo-me neste saudável grupo que se ‘dá’ melhor com homens do que com mulheres. Motivo?

Perdoem-me as leitoras mais sensíveis…mas é verdade – a maioria das mulheres é uma seca (salvo raríssimas excepções).
Nunca tive paciência para aqueles grupos só de amigas de jantares, saídas e programas onde ‘menino não entra’ por um motivo muito especial….são umas chatas e têm assuntos hiper desinteressantes!

Quando se juntam, só falam dos filhos e cadilhos, dos maridos, do pneuzinho extra na zona abdominal (que, dito por elas (porque o têm),: ‘até fica sexy’!!!), da celulite (que acham sempre que vai desaparecer), de cabelos, trapos e sapatos, das infidelidades que estão (justificadamente) prontas a cometer (ou já cometeram) ou das ‘facadinhas’ no matrimónio de que são, inocentemente, vítimas. São, na maioria, fúteis, rabugentas, insuportáveis, (miseravelmente) amuadas, vingativas, histéricas, (exageradamente) complicadas, (estupidamente) desconfiadas, (incrivelmente) críticas…e são-no em grupo!!! (como se uma sozinha não bastasse para fazer a ‘festa’, atirar os foguetes e apanhar as canas) …. e falam MUITO (um discurso espremido que não dá sumo….o blá, blá, blá feminino é o mais conhecido). Como se não bastasse, escudam-se, a toda e qualquer hora, com a Tensão Pré-Menstrual (ainda que já tenham dito adeus à menstruação há mais de uma semana) e sofrem ‘horrores’ com as frequentes e TÃO convenientes enxaquecas nas horas de ‘aperto’.

Sinónimo de um dia bem passado, para elas? Uma manhã no shopping (a incinerar o cartão de crédito), uma tarde no cabeleireiro (a ‘cuscar’ a vida dos outros e das supostas ‘amigas’ que não estão presentes) e a noite num bar de strip masculino ‘fatela’ (para, mais tarde, mostrar as fotos ao marido e/ou namorado, numa tentativa muito frustrada de os deixar (a eles) roídos de ciúmes (que é como as palermas ficam quando vêem o oposto…); quando o serão é passado em casa, é vê-las a ‘ruminar’ chocolates e telenovelas a granel (quando não são elas mesmas a fazê-las - recheadas de más cenas dos próximos capítulos e com cobertura de falta de ânimo ou interesse para tudo o que escape a assunto ‘doméstico’).

Os homens são divertidos e despreocupados, falam de tudo, estão sempre na boa, não amuam sem percebermos o motivo, têm sempre tempo para nos ouvir, dizem o que lhes vem à boca (sem pensar), desvalorizam quando empolamos um assunto que não tem interesse nenhum, são mais práticos a encontrar os caminhos quando andamos perdidas (toda a gente sabe que as mulheres têm péssimo sentido de orientação e não sabem ler os mapas das estradas) e conseguem estacionar os carros nos sítios mais inacreditáveis (sem terem que dar moedinha aos ‘cromos’ do ‘estacionanço’, porque nunca têm medo que estes lhes risquem ‘a maquina’).

Acham que é preciso mais motivos para preferir o convívio com os ‘machos amigos’ da matilha?

No entanto, desconvençam-se os homens que pensam que são melhores do que as mulheres. Feminismos à parte, as fêmeas, ainda assim e apesar de chatas, são muito mais completas (temos útero … ok ? :)) e conseguimos fazer várias tarefas ao mesmo tempo….macho que consiga esta prodigiosa façanha é espécimen raro….muito raro.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Minuta de condomínio

Este documento foi 'encontrado' afixado num prédio residencial para que todos os condóminos e suas visitas o pudessem ler.

QUANDO PENSAMOS QUE NINGÉM NOS OUVE...

Caros vizinhos,

Lamento referir-me a um assunto tão íntimo vosso, mas é por este acabar por não ser realmente privado, que vos alerto.
Todos gostamos de dar uma boa queca, é natural. Todavia, é importante ter consciência se o condomínio 'assiste' a acto tão privado. E assiste. Não visualmente, óbvio, mas a barulheira que é feita no árduo desempenho do acto, certamente 'acorda' os mortos do cemitério à nossa beira.
Confesso que os gemidos femininos até nem incomodam, ouvem-se baixinho e transmitem uma sensualidade que é naturalmente agradável, mas quanto ao resto, o caso muda de figura.
Os barulhos do mobiliário a arrastar, as pancadas ritmadas na parede espalham-se pela estrutura do edifício. Não é preciso ser engenheiro ou licenciado em engenharia para perceber que os ruídos e as vibrações estruturais são os mais difíceis de isolar e os mais incomodativos.
Portanto, ou compram uma cama nova, ou fodem no chão!
Não me fodam é a mim.

Boas fodas.

Alto da Boa Nova, Leça da Palmeira, 3.45AM, 18 de Junho de 2007

O vizinho de baixo!

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Posso falar?


SEXO.
Uns percebem do assunto, outros menos, alguns muito pouco ou mesmo nada.
Muitos pensam nele, alguns falam sem perceberem, outros nem o abordam…porque parece mal!!
Que havemos de fazer a estas pobres almas?, que pensam torto e mal acerca de um assunto TÃO importante?
Vivemos num país, profundamente, católico (muitas, vezes, falsamente moralista) onde o que mais se pratica é o sexo ‘à frango no churrasco’… pensem na posição do dito cujo… agora associem à posição que a maioria dos casais/parceiros adopta. Pois é …. a ‘pole position’vai mesmo para a posição de galináceo na grelha, com cara de quem pensa (ou até diz) ‘despacha-te lá com isso rápido que tenho mais o que fazer’… que pobreza de espírito, de sentimento, de falta de compromisso, de amor, de entrega, de sabor.
Há lá coisa melhor do que bom sexo? Hmmmm….assim de repente, não me lembro de nada que entre em honesta competição :).

Sexo é vida, corpo, calor (e até ‘fogo’); é sangue, dedos, mãos, carne, boca, língua, suor, respiração e (até) lágrimas; é prazer, clímax(es), audácia, arrojo, sensibilidade, tacto, toque, desenvoltura, ginástica, elasticidade :) ; é troca de carícias, beijos, saliva, fluidos; é grito (amordaçado ou não), é prazer espasmódico e intermitente à flor da pele e de todas as terminações nervosas.

Pode ser ‘vale-tudo’ e sem 'tabus', desde que os dois estejam de acordo (sim!….só aceito ménages a dois….quando muito a um…porque a necessidade, às vezes, grita, e não é SÓ o homem que a tem). Não devem existir fronteiras intransponíveis, desejos recalcados, vontades reprimidas, fantasias abafadas. Para mim, há um apêndice, FUNDAMENTAL, o amor…seria incapaz de ‘estar’ com alguém por quem não sentisse (ou pensasse sentir) amor. Não condeno que para a maioria das pessoas isso não seja condição 'sine qua non'. Antes fazê-lo bem com quem achamos que amamos do que mal (e para sempre) com quem sentimos amar.

Bom sexo: ingrediente utilizado (mais do que q.b.) no início de uma relação.

Quando, durante ‘o caminho’, é que perdemos o desejo e a vontade pelo outro? Quando é que trocamos bom sexo no sofá, no chão, na bancada, no elevador, no carro, no cinema, no restaurante, contra a parede e em cima da mesa pelo mau, enfadonho e rotineiro sexo na cama sem direito a quitação ou subtracção de roupa?
Quando é que trocámos esta ‘cama’ de hoje pela vulgar (e sem calor) grelha de uma churrascaria qualquer?
Sou da opinião de que a maioria da população (ok….dou a mão à palmatória…a parte feminina…porque a masculina já o faz) seria bem mais feliz se assistisse, de vez em quando, a filmes e canais pornográficos.
É que até o frango no churrasco é ‘lambido’, frequentemente, pelo pincel do piri-piri….

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Ser Português…é ser Maior!

Enviaram-me este texto por correio electrónico…não resisti a ‘postá-lo’ aqui…como poderia??
Nacionalistas e patriotas, apreciem esta verdadeira ‘pérola’!



Levar o arroz de frango para a praia.
Guardar aquelas cuecas velhas para polir o carro.
Criticar o governo local mas jamais queixar-se, oficialmente.
Ter ladies night à quinta-feira.
Ter tido a última grande vitória militar em "1385".
Enfeitar as estantes da sala com as ‘lembranças’ dos casamentos.
Guiar como um maníaco e ninguém se importar com isso.
Viajar ‘pós quintos do car**** e encontrar outro Tuga no restaurante.
Ter folclore estudantil anual por causa das propinas.
Ninguém lá fora sabe nada do nosso país excepto os Brasileiros e os Espanhóis que gozam dele.
Levar a vida mais relaxada da Europa, mesmo sendo os últimos de todas as listas.
Ter sempre marisco, tremoços e álcool, anualmente, a preços de saldo.
Receber visitas e ir logo mostrar a casa toda.
Dar os máximos durante 10 km para avisar os outros condutores da polícia adiante.
Ter o resto do mundo a pensar que Portugal é uma província espanhola.
Exigir que lhe chamem "Doutor" mesmo sendo um Zé-ninguém.
Exigir que o tratem por Sr. Engenheiro mas não tratar ninguém com outras profissões por Sr. Pintor, Sr. Economista, Sr.Contabilista, Sra.Secretária, Sr. Canalizador, Sra. Cabeleireira, etc
Passar o domingo no shopping.
Tirar a cera dos ouvidos com a chave do carro ou a tampa da esferográfica.
Gastar 10 mil contos no Mercedes C220 cdi, mas não comprar o kit mãos-livres porque "é caro".
Ir à aldeia todos os fins-de-semana visitar os pais ou avós.
Gravar os "donos da bola".
Ter diariamente pelo menos 8 telenovelas brasileiras e 2 imitações rascas da TVI na televisão.
Já ter "ido à bruxa".
Ter os filhos baptizados e com catecismo, mas nunca pôr os pés na igreja.
Ir de carro para todo o lado, aconteça o que acontecer (mesmo que seja a 500 metros de casa).
Lavar o carro na fonte ao domingo.
Não ser racista, mas abrir uma excepção com os ciganos.
Levar com as piadas dos brasileiros, mas só saber fazer piadas dos alentejanos e dos pretos.
Ainda ter uma mãe ou avó que se veste de luto.
Ser mal atendido num serviço, ficar lixado da vida mas não reclamar por escrito "porque não me quero aborrecer".
Dizer mal dos militares mas adorar o cravo na G3 e o feriado do 25 de Abril
Falar mal do Governo eleito e esquecer-se que votou nele.
Viver em casa dos pais até aos 30 anos (com esta, eu identifico-me ).
Na terceira idade, pendurar o guarda-chuva nas costas.
Acender o cigarro a qualquer hora e em qualquer lugar sem quaisquer preocupações.
Ter pelo menos 2 camisas traficadas da Lacoste e 1 da Tommy.
No restaurante, largar o puto de 4 anos aos berros e a correr como um louco a incomodar os restantes tugas.
Ter bigode e ser baixinho(a).
Conduzir sempre pela faixa da esquerda da auto-estrada (a da direita é para os camiões).
Ter o colete reflector no banco do passageiro e pendurar um cd no retrovisor para "enganar o radar".
Ter três telemóveis (um de cada rede móvel).
Jurar não comprar azeite Espanhol (nem morto) apesar da maioria do azeite vendido em Portugal ser Espanhol.
Organizar jogos de futebol solteiros e casados.
Ir à bola, comprar "prá geral" e saltar "prá central".
Gastar uma fortuna no telemóvel, mas pensar três vezes antes de ir ao dentista.
Cometer 3 infracções ao código da estrada por quilómetro percorrido.



Enviei este texto a alguns amigos….obtive respostas complementares:

Ter o canivete suíço, para cortar o melão, quando vai à praia da Caparica… (Boa!, João Costa Leite)

Dar telemóveis aos putos com 5 anos porque "eles precisam";

Dizer que a ‘música pimba’ é uma vergonha para Portugal, mas nos bailaricos lá estão eles a abanar o cú (Boa!, Eduardo)

Pregar notas de 100 euros com o nome de quem lá a colocou nos santinhos dos andores (Boa!, Eduardo)

Ir para o futebol chamar filho da p*** e cabr** ao árbitro, só porque apetece, e chegar a casa e levar porrada da mulher (Boa!, Eduardo)

E eu também complemento:

Usufruir do rendimento mínimo e passar o dia no café do bairro a fumar e a beber ‘finos’;

‘Colar’ o carro ao veículo da frente e passar como ‘atrelado’, na Via Verde, para não pagar portagem.

Reunir-se no café com os amigos e ‘ensinar’ a patranha da alínea anterior.

Fazer créditos para ir de férias e andar a pagar em ‘suaves’ prestações durante 60 meses.

Deixar crescer a unha do dedo mindinho para abrir os maços de tabaco.

Viva Portugal!

Razorlight - America



"What a drag it is
The shape i'm in
Well I go out somewhere
Then I come home again

I light a cigarette
'Cause I can't get no sleep
Theres nothing on the TV nothing on the radio
That means that much to me

All my life
Watching America
All my life
There's panic in America
Oh Oh Oh, Oh
There's trouble in America
Oh Oh Oh, Oh

Yesterday was easy
Happiness came and went
I got the movie script
But I don't know what it meant

I light a cigarette
'Cause I can't get no sleep
Theres nothing on the TV nothing on the radio
That means that much to me
Theres nothing on the TV nothing on the radio
That I can believe in

All my life
Watching America
All my life
There's panic in America
Oh Oh Oh, Oh
There's trouble in America
Oh Oh Oh, Oh
There's panic in America
Oh Oh Oh, Oh

Yesterday was easy
Yes I got the news
When you get it straight, but stand up you just can't lose
Give you my confidence, all my faith in life

Dont stand me up
Don't let me down
I need you tonight
To hold me, say you'll be here
To hold me, say you'll be here
To hold me, say you'll be here
To hold..

All my life
Watching America
All my life
There's panic in America
Oh Oh Oh, Oh
She's just in America
Oh Oh Oh, Oh

Tell me how does it feel
Tell me how does it feel
Tell me how does it feel
Tell me how does it feel"

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Uma música... um Momento!!!

Existe sempre uma música para um momento especial.
Muitos momentos especiais fazem uma banda sonora... a Banda Sonora da nossa vida.

Esta música faz parte da tua banda sonora... o momento esse... não sei, mas que é "O" teu momento isso é!!!

Bom Gosto musical... mais uma das tuas virtudes!!!!

sábado, 17 de novembro de 2007

Perdidas


Let's fall in love....why shouldn't we fall in love?

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Curiosidades

Liguei, hoje, a um amigo, de há alguns anos, para o parabenizar depois de ter sabido que vai ser pai. Pergunta da praxe:

- ‘Como está a futura mamã?’
- ‘Bem obrigado…está a descansar, anda um bocadinho enjoada…’
- ‘ A descansar? Mas está de quanto tempo?’
- ’12 semanas’.
- ‘Isso dá qualquer coisa como 3 meses (mais coisa, menos coisa)..mas a gravidez é de risco?’.
- ‘Não, mas teve uma ameaça de abortamento (!!!!!!!!!!!!!!??????) e está de repouso até à próxima semana.’
- ‘Aborto….queres tu dizer!!…’
- Não…abortamento é o termo correcto…é o que está escrito no relatório médico…se quiseres mostro-te para comprovar.’

Aqui o diálogo ‘complicou-se’ para mim ….. que MERDA de palavra é esta que eu nunca ouvi???
Claro que a ‘espertinha’ (aqui a fazer o papel de perfeita idiota) não podia deixar passar em branco (defeito de formação) e tinha que ir averiguar se a palavra era digna de o ser e se, de facto, tinha existência.
Na falta de dicionário, há que enviar uma sms a um amigo obstetra e fazer a pergunta. Resposta do Dr. Pedro: ‘Ambos (aborto e abortamento) são termos correctos. Aborto usa-se no sul e abortamento no norte do país’.
Só nestas alturas é que tenho ‘bergonha’ de ser do Norte

(Boa) Dica Musical


Peter Murphy ao vivo,
no dia 30 de Novembro,
na margem Sul (Gaia…..ah pois é!) …
no Pavilhão Municipal.
Bilhetes à venda nos locais habituais
(a 10€!!).
Não percam!

In and out? ou inside out?

‘Todos diferentes. Todos iguais.’

Tenho vontade de (re)utilizar esta expressão como legenda para um assunto diferente que não o do racismo e/ou xenofobismo.
Relacionar esta frase com questões raciais e/ou xenófobas, (para mim) não faz muito sentido. Que interessa se temos pele branca, castanha, mestiça, vermelha ou amarela? Que interessam os diferentes traços étnicos, raciais, religiosos que distinguem um povo do outro? Bem adaptada a esta problemática estaria a frase ‘Todos iguais. Todos iguais’. Eu explico a redundância – exteriormente, todos temos uma cabeça agarrada a um tronco, dois braços, duas mãos, duas pernas e dois pés (…) Física e anatomicamente falando, somos semelhantes, para não arriscar no ‘iguais’. Temos os mesmos potenciais, as mesmas aptidões…infelizmente, para as oportunidades a mesma viabilidade não se verifica….talvez arrisque mesmo a adjectivar de utópico o desejo de encontrar uma equivalência neste ponto.

A frase, com a qual iniciei esta humilde dissertação, torna-se adequada se quisermos falar acerca daquilo que faz diferir um ser humano de outro. Acho que a grande diferença reside num órgão – o cérebro – e com isto não estou, obviamente, a referir-me à sua forma (nesse aspecto, voltaríamos à estaca zero – todos iguais…again). Não estará o cérebro para ‘Rei do corpo’ como está o leão para rei da Selva? (Claro que se estivéssemos a falar, especificamente, do sexo masculino poderíamos ser tentados a pensar que outro orgão (‘entre-pernas’) entraria em séria competição com a massa cinzenta :)). Mas, não nos dispersemos. O cérebro controla, comanda, decide, sente, age, limita, castra, impede, ordena, interpreta. É com ele que apreendemos, sentimos e julgamos o mundo que nos rodeia. É através desta interpretação que agimos em conformidade com as pessoas e situações. Neste aspecto é curioso como, mesmo aqui, ele quer ser manipulador (ou será que funciona ao contrário?, e é ele o manipulado?): conseguimos pensar uma coisa e fazer outra, na maioria das vezes, conscientemente, mas com a sábia desculpa de que o inconsciente jamais descansa e, por vezes, até ‘trabalha’ por nós.

Para corroborar esta minha modestíssima opinião em relação ao que pode explicar, de facto, a diversidade humana, utilizo o simples (mas complicado) exemplo da amizade.
Sinto necessidade de dizer o que penso e, principalmente, aquilo que sinto. Quando gosto de alguém tenho que o dizer e, não raras vezes, faço-o por sms ou e-mail (tantas vezes que impossível se torna o frente-a-frente). De início, notei que as pessoas ficavam surpreendidas. Cedo percebi que o hábito não fazia nada o monge (não estão habituadas a isto) e as minhas palavras surtiam variados e diversos efeitos desde: a ausência de resposta (um clássico para quem acha que dizer que gosta ou precisa é sinal de debilidade, fraqueza ou flirt ou vulgar ‘sem-vergonhice’ - ‘olha esta agora a fazer-se ao bife’); (ou) a famosa mensagem de retorno ‘Enganaste-te?, ou era mesmo para mim?’ (estes continuam a pertencer à classe anterior, mas com resposta mais elaborada (a do indivíduo que assobia para o ar distraído ou olha por cima do ombro desconfiado)); (ou) a mensagem nada original ‘Eu também’ (respondida 24 horas depois – ‘que eu tenho mais que fazer do que responder a estas tretas); até à resposta positiva e sentida, muitas vezes, de pessoas que já não vemos há meses ou até anos. Curiosamente, ainda, excluindo estes últimos, todos os outros só enviam sms ou e-mail como resposta….NUNCA por mote próprio – ‘Tenho lá tempo para me lembrar destas coisas!!! - (fazem-me recordar o cãozinho do Sr. Pavlov….só com estímulo de trrim, trrim de campaínha associado a carne fresca é que dava a resposta salivante).

Esta divisão de critérios de resposta e/ou de interpretação de mensagens pode até passar a cores, mas não passa em branco. Acho que daqui podemos retirar as mais variadíssimas e curiosas conclusões. Sei perfeitamente que, embora conhecendo muita gente, posso contar os verdadeiros amigos pelos dedos de meia mão (mão inteira dá 5 amigos …. ‘Vá…não sejas abusadora nem muito optimista’).
E estes são: os que estão, mesmo não estando; os que ficam, mesmo não podendo; os que apoiam e defendem quando concordam; os que repreendem quando discordam; os que ajudam, mesmo quando não pedimos; os que ajudam a ver quando ‘cegamos’; os que estão perto mesmo estando longe; os que são fiéis e nos auxiliam nas fases más (quando nos sentimos no topo do mundo, nunca ‘precisamos’ de ninguém e nem pensamos nestas coisas); os que ligam todos os dias a saber como (e se) estamos; os que são incansáveis connosco, mesmo quando nos cansamos de nós próprios; aqueles que enfrentam tudo e todos em prol do nosso bem-estar sem q.b.’s e meias-medidas.

É tudo uma questão de compromisso e de interpretação de um papel, sem olhar a custos e atitudes politicamente correctas. Quem está como amigo, está ‘no matter who or what', sem olhar a expensas, consequências ou atitudes menos próprias. Quem pensa ‘Se não me ‘meto’, eu não me comprometo’… então não está como amigo, está, antes, como … outra coisa qualquer.
Pensem se estão a dar tudo o que poderiam ou deveriam àqueles de quem gostam sem, muito humildemente, esquecerem que o mundo é redondo: hoje estamos em cima, amanhã podemos estar em baixo e como não somos ilhas….todos precisamos uns dos outros.
É esta (há outros exemplos) disparidade de atitudes (às vezes de quem menos esperamos) que faz com que sejamos ‘Todos diferentes. Todos iguais’.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Partilha

Pimenta no cú dos outros... é refresco.
(gosto deste ditado)

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Outono


Outono….

…é a queda da folha, da temperatura, dos amores de Verão, da vontade de sair, do desejo de, pecaminosamente, devorar gelados, do cabelo (que não pára de tombar ‘...e qualquer dia estou careca’!!!) …

…é o desaparecer do bronzeado; é a alteração desta hora deprimente que encurta o dia e agiganta a noite; é a vontade (que a preguiça do calor fez adormecer) de voltar a fazer desporto como única receita fiável para descarregar o stress e carregar baterias até às próximas (e tão merecidas) férias…

…é o revolver arcas, armários e gavetas à procura do agasalho e conforto da lã, do angorá e da flanela; é o ‘grito’ pelo cachecol, pelas meias, pelas luvas, pelo gorro e pelas golas altas; é o arroxear das extremidades do corpo (orelhas, nariz, dedos de pés e mãos) numa tentativa inglória de que o sangue combata o frio que usurpa o lugar ao calor; é a saga dos lábios doridos e gretados beijados, agora, pela geada da manhã e pelo sincelo da noite; é a troca da sexy e mínima camisa de noite pelo longo e morno pijama; é o satisfazer do desejo do sabor e do cheiro das castanhas assadas, de ouvir e sentir o crepitar da madeira e das pinhas no fogo no início da temporada da lareira …

(e que saudades tenho das pinhas que tanto tinham para ‘alimentar o fogo’).

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

GP quê?

São úteis. Substituem mapas ou bússola em terra firme. Carro moderno que se preze traz GPS incorporado. Carro que não se preze tem dono prevenido que o apetrecha com o imprescindível (se actualizado) artefacto electrónico.

Somos país de gente simpática, disponível, afável que quer ajudar e ‘morre’ por uma oportunidade para o fazer, mesmo quando ninguém lhe pede ajuda. A Era GPS inibe a comunicação.
O que vai ser feito daqueles brilhantes episódios novelescos onde estamos perdidos no meio de nenhures e circulamos kms à espera de encontrar vivalma (im)prestável que nos socorra? e…quando encontramos um raríssimo espécimen……ESPEREM…recordem…. (façam uma analepse porque já aconteceu a todos) – a pessoa é tão velha e fica tão perplexa (mas feliz, ao mesmo tempo…há anos que faz aquele trajecto e nunca ninguém parou para troca de dois deditos de conversa deitada fora); fala um dialecto ‘arrastado e embrulhado’ tão estranho e incompreensível (apesar de emissor e receptor terem a Língua Portuguesa em comum); não distingue e até confunde todo e qualquer tipo de direcção (frente, esquerda, direita…) – só nos dá vontade de desaparecer desde o primeiro segundo, que dali não vamos ‘achar’ rumo certo nenhum (‘e como é que eu não previ esta merda??!!’), antes vamos embrenhar-nos, mais ainda, na obscuridade do desconhecido, mas, porque somos bem educados e até sentimos compaixão por estas ‘almas’ tão esquecidas, ouvimos a explicação até ao final, sem a ouvirmos (se pensarmos bem – porque só conseguimos pensar ‘Como é que me livro desta?’)…..e quando, finalmente, seguimos caminho (deixando para trás um sorriso estampado pelo dever cumprido), ainda ficamos a pensar se a pessoa com quem estivemos a falar seria mesmo uma mulher (é que tinha barba!), se seria um homem (barba justificada) ou até mesmo um cacto com propriedades falantes (barba justificada, de novo) – acredito em tudo desde que vi O Feiticeiro de Oz.

Pesados os prós e contras: o GPS até faz jeito; sai barato o co-piloto sem direito a ordenado, subsídio de alimentação, seguro de saúde, permanentemente, disponível 24 (horas) sobre 7 (dias da semana) com a vantagem de o podermos insultar sem direito a ripostar.

Melhor seria se nós, humanos, viéssemos apetrechados, de origem, com um Tomtom que ajudasse a dar resposta às dúvidas existenciais ‘Onde estou?, Para onde vou?, ou quero ir?'.

Frase do dia (de ontem)

Remediarmo(-no)s (n)a vida é sempre o pior remédio.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Pensamento


Prefiro saber o que as pessoas são do que aquilo que não são.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

O Silêncio


Podemos ser tentados a achar que o silêncio é o nada, o vazio; é inaudível, incolor, inodoro, insosso, sem valor.

Que visão tão redutora…

O silêncio é arma, é grito, é opinião, é voz para quem não pode ou quer falar; tem significado e pode fazer mais sentido do que um punhado de palavras; incomoda (ou não), é mordaz, é crítico; preenche, faz falta, apazigua, acalma, dá um estatuto a quem quer (ou não quer) opinar.

É o voto em branco, mas que é voto e tem valor; é o choro engolido do miúdo de 8 anos que acabou de esfolar o joelho e, dolorosamente, cumpre a (tão mal) incutida máxima de que ‘um homem não chora’; é o cordão que liga ao mundo o surdo-mudo que comunica por gestos, mímica e ‘salamaleques’ e lê, nas bocas dos outros, as linhas e entrelinhas de uma voz que lhe é surda; é a forma de vida de quem vegeta numa cama ou cadeira enferma de invalidez precoce ou de quem está suspenso numa anestesia geral aguardando que a vida continue umas horas, umas dores e uma cicatriz adiante; é a voz dos raptados, violados, tidos e mantidos em forçado cativeiro que querem gritar uma liberdade ansiosa e, demoradamente, aguardada, mas mantida num sepulcro total e sem hipótese de fuga; é o lamento sofrido de quem perde alguém para a morte e se enluta num sinónimo de dor e numa capacidade mutável de aceitar a perda como consequência inegável da vida.

Depois disto, quem se atreve a delinear relações de sinonímia entre o silêncio e o nada?
O silêncio é de ouro. Precioso pelo que não diz, mas principalmente pelo que diz.

Não é fácil

Não é fácil dar a outra face no meio da bronca e antes do rescaldo.
Não é fácil partilhar a última fatia do bolo de chocolate da avó Maria.
Não é fácil aproveitar (bem) tudo aquilo que a vida nos oferece ‘de bandeja’.
Não é fácil perder (ainda que se jogue a feijões) – o ânimo cai, o desalento cresce, a coragem decresce.

Não é fácil perceber como somos todos humanos, mas que alguns conseguem sê-lo mais do que outros.
Não é fácil mantermo-nos à tona quando nos põem os dois pés em cima.
Não é fácil vencer (mais fácil parece sentirmo-nos vencidos).
Não é fácil procurar respostas debaixo das estrelas e receber o silêncio de volta.

Não é fácil ‘partir’ buscando coragem para não voltar.
Não é fácil apanhar os cacos para os colar (detesto puzzles, organigramas e quebra-cabeças).
Não é fácil ler um livro sem nos tentarmos a ‘provar’ o seu cheiro.
Não é fácil ler, esse mesmo livro, sem nos deixarmos levar pelo contador da história.

Não é fácil manter o bom-senso sem que ele caia juntamente com o resto.
Não é fácil saber se escolhemos bem quando decidimos amar.
Não é fácil largar um vício que nos faz mal, mas acalma e faz companhia.
Não é fácil interiorizar que o tempo cura tudo.

É muito fácil perceber que há pessoas que perdem, muito facilmente (perdoem-me a redundância), o respeito e a admiração em relação a outrem.
De bestial a besta vai um passinho muito curto.
Fácil e ‘de caras’ para uns. Difícil ou jamais atingível (e raramente tangível) para outros.

Unam-se na diversidade, procurem e encontrem a compatibilidade, realizem-se na unidade. Encontrem a felicidade nas pequenas coisas.
O mundo, assim, fica perfeito.