terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Diferente....só?


Ok...sou diferente e sinto-me diferente.
Não me acho igual às pessoas da minha idade. Porquê?
Não sei. Só sei que é verdade há já algum tempo. Mas porquê?
Porque vejo as coisas de forma diferente, porque quero tudo o que os outros querem, mas de forma diferente, porque sou mais atenta, mais sensível, mais preocupada. Sou feliz na minha infelicidade e infeliz na felicidade. Ou, pelo menos, arranjei forma de o ser. Descobri que não preciso de ter ninguém....dou-me bem sozinha e...no entanto, preciso de ser amada e de toda a gente que puder estar perto. Gosto de estar só, dos momentos comigo mesma, da minha música e dos meus livros, mas só de vez em quando, não é sempre.
Adoro os amigos e rir com eles. Não fico zangada por não os poder ver sempre. Sei que quando estão....estamos mesmo. Reconheço-me em alguns deles. Em relação à sensibilidade a minha mãe é a minha pessoa; o Eduardo é a a minha pessoa de porto de abrigo (à distância); o (meu mano) Vítor é o meu tipo de pessoa - excepcional, mas pronta a disparar quando injustiçada; a Marta é a minha pessoa doce e que nunca me faz esquecer de mim mesma; a (tia) Ana é o meu espelho interior nas fases menos boas e deprimidas (do 'quando estou em baixo, que se lixe o resto e os outros!'); a (tia) Elisa é a minha pessoa dura, mas mole que pragueja quando está nervosa; O Manel é a minha pessoa que me levanta o ego e me mostra quem sou (ou posso ser).

Encontro similitudes comigo em todos eles. Mas aquilo que sou, sou sozinha, em mim. Estou bem assim sem achar que sou melhor que os outros e a reconhecer as minhas fraquezas. Sei que sei fazer alguém feliz. Sei que tenho ou já tive quem me faça feliz. Mas o que é ser feliz? Será que é ser aquilo que já sou?

Viver assim. Aprender a viver assim. Gosto de caminhar de cabeça levantada e sentir a chuva no rosto e rir, rir ... e no minuto seguinte caminhar cabisbaixa no meu casulo. Com 30 anos consegui criar uma carapaça de protecção, mas não daquelas muito fortes, pois ainda quero sentir o que houver para sentir: dor, amor, prazer, tristeza, paixão. Quero tudo....e quando um dia deixar de sentir é porque a carapaça se tornou tão forte, tão forte...que prefiro morrer.

1 comentário:

Anónimo disse...

Keep Going...JCL