sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Blog do Bidé

Perguntam vocês ‘o que será um blog de bidé’? É um blog de gaja! O nome diz tudo. Somos mesmo nós que mais usamos esta belíssima invenção (não o blog, o bidé) para lavarmos….ok….o que nos apetecer. Deixemo-nos de preciosismos e especificidades. Nós, mulheres, gostamos de experimentar tudo (ou quase tudo) ou pelo menos aquilo que nos desperta curiosidade. E curiosidade, convenhamos, é connosco, é a ‘nossa cena’. Se existe é porque é para mexer, tocar, ver, apalpar, ‘cuscar’, usar e abusar. E falar, falar também…falamos muito!

Temos um sem número de defeitos hediondos: cobiçamos o que é das outras, gastamos mais do que devemos, não reciclamos, deixamos a cozinha numa estrumeira quando decidimos fazer muffins, reclamamos por tudo e por nada (em restaurantes porque o bife está mal passado e depois porque está passado de mais, nas lojas porque a blusa que já usamos cem vezes ganhou borboto, nos transportes públicos porque achamos que temos direito aos lugares sentados, no Ikea porque a porcaria do móvel era de fácil montagem e nem de pernas para o ar aquilo fica direito!, com o namorado ou marido porque não nos dá flores todos os dias especiais (que para nós são todos, menos quando estamos menstruadas), etc, etc,etc.

Mas somos mais bonitas e mais sentimentalóides e isso vale por tudo. É por isso que gostamos de ver novelas e filmes românticos. Para chorarmos as desgraças fictícias dos outros e as nossas ao mesmo tempo.
Queremos amor, carinho e atenção acima de qualquer coisa…ok…um cartão de crédito até dá jeito e um par de sapatos novo também! Somos mais atentas (ainda que isso traga o apêndice de vermos (mesmo) aquilo que não existe!), sabemos mais coisas de cor e salteado (os homens nem a matrícula do próprio carro sabem! – isto é verdade) e quando chegamos a uma certa idade estamo-nos nas tintas para uma data de coisas: se vamos à rua de pijama comprar cigarros ou passear o cão, se deixamos de nos depilar com frequência no Inverno (fica mais quentinho!), se usamos batom vermelho e nos olham de lado por isso; ou então fazemos um drama por tudo (que para os homens é nada, mas para nós pode ser uma catástrofe de proporções gigantescas): uma mulher que perde a carteira, por exemplo, quer lá saber dos documentos ou da chave de casa!, o que a preocupa é o blush rosa choc que lhe levou uma eternidade para descobrir porque tem a cor certa para o seu tom de pele e o rímel waterproof que lhe custou os olhinhos da cara! E isto não é ser superficial, é ser profunda porque o tempo que vai demorar a encontrar tudo de novo dava para fazer outras coisas! Tempo é dinheiro e, embora os homens ganhem mais, nós sabemos muito bem o que isso significa. Não somos burrinhas. Não temos jeito para uma data de coisas como mudar pneus de carros, mas não somos burras.

Voltando ao início deste texto (porque já me perdi aqui pelo meio com uma data de verdades), é muito fácil distinguir um blog de gaja de um blog de gajo. Perfeito, perfeito seria uma co-autoria, uma coisa mista. Homens e mulheres funcionam muito melhor em sintonia, em parelha, em simbiose, em concubinato e aos pares. Ou talvez não!

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