quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Homens em extinção?

Observem as pessoas que vos rodeiam: familiares, amigos, colegas, conhecidos e os seus ‘rebentos’. É impressão minha ou nascem muito mais meninas do que meninos? Já fiz as minhas contas em relação às ‘crianças’ que me ‘rodeiam’ e o número de meninas está em considerável vantagem. A acrescentar a isso, temos o facto comprovado de que as mulheres têm uma esperança de vida maior do que os homens. Nós duramos até aos 80 anos contra 74,2 nos homens (mais coisa, menos coisa).

Será que a Mãe Natureza está a tentar eliminar os homens?! Será que encontrou, assim, uma forma de se vingar do mal que eles lhe têm feito? Pensem bem. Não me lembro de nenhuma mulher ter sido responsável pela tentativa de extermínio de uma raça inteira de pessoas, ou de derramar petróleo no Oceano, ou de inventar a bomba atómica, ou de a lançar em Hiroshima e Nagasaki, ou de tentar aniquilar as tribos indígenas da Amazónia, ou de ‘exigir’ a invenção da cerveja com abertura fácil!
A Natureza encontrou o culpado. Toda a pilhagem, o saque, o genocídio, o extermínio, o mal perpetrado ao meio ambiente, o horror e a destruição em massa de tudo o que algum dia foi puro e bom tem o dedo do homem: o réu sofre de alopecia precoce, tem prurido crónico nas partes íntimas, barriga de cerveja, NUNCA coloca a tampa de volta em NADA e cospe a Pepsodent toda no espelho da casa de banho!

De há uns valentes anos para cá, e desde que as mulheres se tornaram mais independentes (felizmente!), o homem passou a ter duas serventias: fornecer esperma para a continuação da espécie e conseguir chegar às coisas das prateleiras mais altas. Com a invenção do escadote de alumínio de fácil transporte (leve como uma pluma) e com a fertilização in vitro e os bancos de esperma ao virar da esquina, deixou mesmo de ser necessário. Sabemos, muito bem, que a Mãe Natureza, tendencialmente, tem a capacidade de se livrar dos elos mais fracos e frágeis – os seus pesos mortos. Neste caso específico, o bicho homem.

Nós, mulheres, somos mais fortes porque vivemos mais tempo, sofremos menos de doenças catastróficas como cancro, doenças cardíacas e de fígado, temos uma percentagem inferior de DST’s, não perdemos tanto cabelo (nem a cabeça – suicidamo-nos menos), temos inferior probabilidade de morrermos de acidente de viação, somos muito mais espertas, obtemos melhores notas, temos melhor aproveitamento escolar, somos licenciadas em maior número, conseguimos desempenhar várias tarefas ao mesmo tempo e incluímos o raciocínio enquanto as fazemos.

HOMENS, as coisas não estão nada boas para o Vosso lado.
Procurem a rendição: tratem MUITO BEM as mulheres (este será o primeiro e principal passo para a salvação), cancelem, , a assinatura da revista FHM (porque não traz nada de jeito, nem mesmo as fotos quase em pêlo da AGORA sexy Floribela), parem de arranjar confusões no trânsito (façam como as mulheres, sorriam e ignorem o asno que vos perturbou – menos rugas e mais anos de vida!), percam menos tempo a ver futebol, comam menos porcarias e bebam menos cerveja e afins (quantas vezes viram as mulheres a empanturrarem-se de junk food repleta de molhos como se viesse aí o Armagedon?), lavem mais vezes as mãos depois de fazerem certas e determinadas coisas (aproveitem o lanço e interiorizem que todos os dias são dias de tomar banho!, e a muda da roupa interior é diária e não semanal), assimilem que nem todos os orifícios do corpo existem para serem escarafunchados com os dedos, aprendam a usar a tampa da sanita e a mantê-la como deve ser – LIMPA e PARA BAIXO e, já agora, se não for pedir muito, o autoclismo é para descarregar SEMPRE que se ‘deitar’ para lá o que quer que seja (líquido ou sólido), convençam-se que os gases são para manter dentro do corpo e não para partilhar quando estão a sociabilizar com alguém (libertem-nos, APENAS e somente, na vossa própria companhia), lavem as mãos, outra vez, porque a água não as desgasta!, deitem o lixo fora que VOCÊS acumulam em todos os recantos da casa e do carro (tenho impressão que vocês descobrem sítios recônditos, propositadamente, para lá encafuarem porcarias), falem mais baixo e aprendam a ouvir sem acharem que sabem tudo (e se isto não funcionar, façam testes auditivos – é bem provável que, também, a vossa audição esteja a ficar decrépita como tudo o resto).

Insurjam-se pela mudança sem fazerem grandes alaridos, motins ou tumultos. Não precisam de levantar muita poeira. Não chamem mais a atenção sobre vocês mesmos. Pezinhos de lã! (já ouviram, certamente, a expressão). Façam, apenas, um esforço nestas pequenas coisas. Não custam nada e podem bem redimir algum do mal perpetrado. Tornem também a nossa coexistência mais fácil. Ainda que a Mãe natureza se esteja a marimbar para isto, as mulheres, futuras líderes do Mundo, vão estar atentas e podem bem perdoar-vos um dia, quem sabe!

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