terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Precious things

‘Não há amor como o primeiro’, dizem os entendidos ‘velhos do Restelo’ da sabedoria popular. A preciosidade deste conhecido ‘tesouro’ está na experiência de vida e na sabença e ensinança do (nem-sempre) Povinho que faz desta realidade uma certeza com exactidão bastante elucidativa, ‘quase-eruditamente’ falando, de que uma coisa ganha valor e maior relevância quando é única e singular.

O valor inflacionado ou ‘alto preço’ desta justeza não terá tanto a ver com o facto de as primeiras coisas serem sempre, necessariamente, melhores ou superiores, mas sim com o caso de se tornarem especiais por terem sido pioneiras e, mais ainda, porquanto não voltaram a suceder ou a repetir-se.

Exclusividade e pioneirismo.

(Será aqui, por exemplo, que reside a mais valia dos números ímpares – estranhamente, mais valiosos e perfeitos que os pares - têm exclusividade pioneira). Parecem imperfeitos – ‘o que fazemos àquele apêndice que sobra ali e não tem serventia nenhuma’?! Pois bem, têm o valor acrescentado de nos darem mais uma opção, mais um caminho, mais uma escolha. O par já é par….não há grande misticismo, cada par está destinado matrimonialmente (so to speak) com outro, faz parelha, combina e encaixa tipo peça de puzzle.) (‘Perdoem-me o extenso parêntesis! – perco-me sempre com estas descobertas’).

Temos o dever de sermos rigorosos. Não se dá valor a alguém ou algo por dá-cá-aquela-palha ou apenas porque é pioneiro (a primeira vez que nos aparece a menstruação ou a primeira vez que ela deixa de aparecer sem ser por gravidez desejada ou indesejada (menopausa) não é nada bom, não me lixem!!).
Há uma rol de sentimentos à mistura que nos fazem gostar desse algo ou alguém - porque é único, nos faz rir, nos faz caminhar em algodão, nos faz querer viver ou reviver, nos faz bem, nos dá prazer, em suma é especial.

A vida com saúde é o bem mais precioso e incomparável que nos foi ofertado de mão beijada. Só existe uma, e é esta. Quantos de nós a desperdiçamos ou esbanjamos, mandando à fava o seu pioneirismo e importância? Esquecidos que estamos de que só há esta (excepto para quem acredita no blá-blá-blá-depois-da-morte), deixamo-nos andar e fazemos más escolhas a saber (e sem duvidar) que são péssimas, mas queremos fazê-las SÓ … porque achamos que temos que fazer qualquer coisa. Chiça!!! … que eternos insatisfeitos com confusas, confundidas e desligadas mentes!

Que azarada e mal fadada sorte a destes (mal) remediados que ‘compram’ ilusória, aparente e vã pompa-e-circunstância de uma merda de vida comezinha e de política de rapó-tacho (a ver se sobrou alguma coisa) só para dizer que um dia a (sobre)viveram. Quem não sabe fazer melhor, não tem culpa nenhuma - uma grande verdade. Outra culpa terão aqueles que têm ajuda, não a enxergam ou aproveitam quando a têm ou nem sequer a procuram nos sítios mais óbvios. A idiotice manifesta-se, também, nestas pequenas/grandes coisas.

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