domingo, 4 de maio de 2008

Não me sais da cabeça

Apaixonam-me a tua sagacidade e clarividência para o que queres para a vida.
Entusiasmam-me a sede e o apetite voraz do teu agora vivido intensa e agudamente.
Encorajam-me os teus momentos mais lúcidos em que sem hesitação falas do que sentes e anseias com avidez e certeza.
Alentam-me as tuas palavras num turbilhão proferidas, com pedidos de promessas e ofertas de um afecto perfeito, exequível e eterno.
Conforta-me o teu saudável ciúme correspondido sem meias palavras e sem preconceitos.
Acalentam-me os teus desejos em harmonia e uníssono com os meus que pensava amortecidos e extintos.
Anima-me o tempo que queres só para nós.

Preocupa-me a tua intermitência e o teu espaço de dúvida.
Inquieta-me que o teu estares pronto para tudo se esvaia em descuido.
Agita-me pensar em arriscar e esvaziar o que sinto.
Alarma-me que o bom que tivemos não supere o mau que nos inquieta o espírito.

A prova que Deus não existe é não ter feito os homens carneiros para se alimentarem das ervas do monte ou porcos para a bolota. Fez-nos Homens, machos e fêmeas, carentes de amar e ser amados. Às vezes custa tanto e é tão sofredor.

Corrijo o que disse....somos nós e não Deus quem nos fez fazermos do amor uma coisa árdua: quando queremos o que (achamos que) não temos quando já temos o que nos faz feliz ou complicamos o que é fácil e bom e cambiamo-lo ao desbarato e sem licitação por atritos e conflitos invalidados num punhado de nada.
Não há psi20, métrica, medida ou peso que meça ou faça as contas ao amor. É algo que se sente ou não se sente. Quando se sente, luta-se com suor, lágrimas, unhas e dentes até ao último fôlego ou rasgo de vida.

1 comentário:

Anónimo disse...

não consigo parar de ler este texto repetidamente....