sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Salva-se a alma

Salvou-se uma alma transformada em duas ou mais, discorrido o devido tempo que amacia e abranda o que não se escolheu e nos foi por mote e divisa própria imposto.

Escolhe-se amar e travam-se batalhas por se achar que não se sabe ou consegue viver do resto. O que sobra e sobeja, aparentemente fraco, é com o que se conta aqui e ali. Despojos de sentimentos de eco-ponto amarrotados e quem sabe reciclados se a vontade, tentação, instigação ou fraqueza o permitirem.

Paga-se para ver, luta-se para ficar ou opta-se por não ceder ou dar mais. Porque não chega, não é suficiente, não se querem pessoas aos gomos, em partes ou em talhadas, rotas, esboroadas, em migalhas. Controla-se onde se pertence ou quer pertencer. Rebentam-se grilhões e cativeiros em nós, mas o jugo da dependência dos outros é mais do que acessório. Fica, é presente, tem vida própria, agride, fere e dói...sempre.

Se a vida fosse como nós queremos....a luta, a garra com todo o sentido bélico da coisa, seria outra!

1 comentário:

SergioCarneiro disse...

A conserva traz uma validade infinita comparada com a frescura do amor vivido e guerreado, é um valor seguro. Mas enquanto conserva nao é saboreada e perde toda a sua genuinidade. Um enlatado que se pode guardar na prateleira e que quando se comer é só por recurso, por falta de melhor.

De todos os gomos se faz uma vida, e sim é preciso palmilhar caminho para saborear o "fruto" colhido da árvore, genuíno, maduro, com todas as mazelas que a maturação exposta á intempérie e sem conservantes lhe trouxe. Sabor!

Almas em conserva ou amantes de estufa nao desejo aos meus inimigos quanto mais ao Meu Amor. Dito isto, luta-se e paga-se pelo Sabor ou pelo Amor, como preferirem.