domingo, 3 de agosto de 2008

Light things

Espaço virtual de escritas, leituras, opiniões, dissertações, críticas, abusos, diarreias mentais, provas da obstipação cerebral medíocre dos pensamentos de alguns, desentupimentos de sentimentos, libertação de emoções estranguladas…dá para tudo, basicamente.
Dá para o seu dono (se é que se pode alcunhar de dono o senhorio de um espaço onde não vigora nem vinga o direito da propriedade privada) e para todos os curiosos que o lêem, dragam, esmiúçam, retalham, interpretam, profanam e até ofendem.

Um blog é um Universo - depois de desonrado o propósito mais puro da sua nascença e prodigalizada bem-aventurança pode fazer-se e dizer-se tudo o que aos seus usuários apetecer e aprouver.

Aparece de tudo.
Louvores de quem gosta de nós e nos aprecia, flirts saudáveis entre panegíricos de carinho e de escrita, flirts nada salutares e até inoportunos, genuínas apreciações e autêntico interesse no que dactilografamos, provocações mais ou menos arquitectadas sobre o que pensamos, picardias sub-repticiamente desenvolvidas, divergências de opinião pouco saudáveis e com propósitos muito pouco escrupulosos, maledicências despropositadas e mal disfarçadas de pseudo-elogios em patranhas, ardis, astúcias e artimanhas pouco brilhantes.

Para isto se cria a censura (in blog).
Nada democrática e muito pouco consonante com o regime em vigor, mas conveniente, vantajosa e absolutamente necessária.

Não se publica apenas o que é bom e está em sintonia com a nossa opinião, mas também o discordante; não só o real e verídico, mas também o fantasiado…é este o propósito de um blog – conter o que ao dono lhe apetecer e estar disponível para ser lido, dissecado, esventrado e desvendado por outros e até por si mesmo, mas NUNCA para servir a mentira e a idiotice dos sem nome que abusam de um espaço não-seu para tecerem fios e tramas do que a ninguém interessa (nem mesmo a eles próprios!).

Este meu escancarar visa não só expor a nu o que se passa no meu espaço, mas também o que se passa no espaço dos outros, pois certamente não serei a única ‘vítima’ da parvoíce-cibernauta-anónima (excelente título para um grupo de auto-ajuda!)

(Acho que isto já foi escorrido por aqui algures, mas nunca é de mais relembrar para ajudar os sem-lugar a encontrarem o sítio onde pertencem – esta verdade metaforizada dos blogs aplica-se, infelizmente, a tantas outras circunstâncias da vida).

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