segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Meaning love?

Desilusões amorosas todos temos. Desde tenra idade e precoce infância aprendemos a amar de forma distinta. E tão diversa é esta forma se se trata de humano em versão macho ou versão fêmea. 90% do mulherio é todo virado para o Romantismo, para as comédias românticas a par das tragédias gregas, para as flores e os mares de rosas ou tulipas (cada qual escolha a flôr que quiser), para o folclore dos poemas de amor, para as atenções redobradas com a pessoa que amam, para os slows-dor-de-corno que tocam na rádio. Anulam-se prazeirosamente em prol da sua cara-metade, que é qualquer uma com quem partilhem vida, naquele momento. Aborboletam tudo, pintam momentos de arco-íris, enfeitam com lantejoulas, purpurinas e gloss cor de lollypop toda e qualquer patranha que lhes contem ao ouvido, desde que venha em versão voz de mel sussurrada ao ouvido. São felizes assim. Se em duas torradas do pequeno-almoço, que fazem, uma se queima ....é essa que comem, e oferecem a boa ao seu ‘amorzinho’, se as laranjas espremidas só dão para copo e meio de sumo é o meio que bebem, o cheio já sabem para quem vai, se há trinta tarefas para fazer porque não fazer 25 e deixar apenas 5 para ele (que anda tão cansado)?

As mulheres que assim são, existem mesmo! São genuínas. Não mentem nem fazem, como se ouve por aí, para depois dizer que fazem. Amam. Dão tudo. São felizes assim. A cuidar, mimar, tratar, nutrir, bem-querer. Mas gostam de reconhecimento, não de agradecimento. RECONHECIMENTO. O amor que sentem, define-as. Porque acreditam no que lhes dizem, nas promessas siciadas de protecção de um amor-para-sempre indestrutível e inderrubável. Palermas são pois não aprendem NUNCA a acreditar, sim, no que vêem e não no que ouvem.

Não olvidada esta máxima, tão mais facilitada a vida. Palavras leva-as o vento, toda a vida se ouviu dizer. E se as palavras não condizem com o que vemos ser feito, qual é a dúvida??? A culpa é nossa e só nossa. As consequências também, porque quem diz o que não sente, age em conformidade com isso e o sofrimento incutido nos outros que os amam passa ligeira e com tamanha leveza esfumaçando promessas vãs feitas sem pensar ou sentir, desejos fortuitos compreendidos como para toda a vida que, para nós, era longa e eterna. Tudo acaba, de forma abrupta, sem direito a explicação, respeito, consideração pelo amor vociferado, nunca sentido como outrora interpretámos. Matam-nos as esperanças, dilaceram-nos projectos, esquartejam-nos o que pensámos ter havido de bom e dizem-nos que nunca existiu e que nunca bastou!!
Não teremos vivido ambos a mesma vida?, não teremos passado pelas mesmas experiências?. Não teremos habitado a mesma casa,partilhado famílias, sofá, mesa e cama? Não. Um disse o que nunca chegou a sentir, falou do que nunca esteve disposto a fazer, prometeu o que nunca fez tenção de cumprir. Outro interpretou à letra e junto ao peito o que entendeu e acreditou ser verdadeiro, sem coragem para jamais pôr em causa. Na ruptura, um está repleto de certezas e sem recordações, outro aprende a viver vazio de translúcidas memórias não esquecidas.

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