segunda-feira, 7 de abril de 2008

4 de Abril de 2008 (a cara (data) não bate com a careta)

Há oito dias sem net.
Há três dias regressada de férias.
Muito para escrever, falar e desabafar. Gravar testemunhos diários, reais, fidedignos. Passados, presentes e futuros promissores (antes assim do que em devedoras promissórias. Prefiro as promessas cumpridas).

É formigueiro que sinto nas falanges, falangetas e falanginhas. Toda a mão impregnada de uma formigância de escrever. Poderia ser num papel, em madeira, no chão ou em pedra. O rascunho de um testemunho jogado fora ou apagado quando a utilidade do mesmo - a cura para o formigar sentido - fosse finalmente alcançada.

Muito falei, discuti, ‘esperneei’, reclamei, gritei....horas e euros gastos a fio...não há vontade ou Avé Maria técnica que me ouça ou salve e que me conserte a falha de net que transita entre exterior e interior ou o raio-que-o-valha - porque entre quem me atende o telefone e quem vem cá a casa, o marasmo e a inércia são tudo menos promessas cumpridas.

Mas que raio custa aos tipos da TV CABO (sim, são eles!!) arranjarem a merda do cabo, ou linha, ou conexão, ou fio, ou o que quer que seja que me liga ao meu blog. Aquele do qual já sinto saudades e me impregna deste formigueiro manual e cerebral, que me afecta o sistema nervoso central, Kreutzfeld-Jakobiamente falando, e que me deixa desvairada.

Quero deixar a marca e o registo sem ser num papel avulso ou sem ter que escrever e fazer save-my documents-copy-pastes-e-afins em pens, disquetes e merdas do género para depois, finalmente, ‘postar’. Quero garatujar e sentir o texto crescer in loco, sem ter que pedir, pedinchar ou esperar pela net de outrém e poder escrever no sítio que é meu, do qual tenho password, mas não tenho ‘chave’ mestra que permita a passagem para a entrada no ‘meu mundo’.
Não é para ninguém ler, não é para tornar público. É para sentir que está lá, gravado e que existe desvinculado da mente, concretizado, desmembrado e dissecado em letra e a ganhar corpo em texto, ainda que seja em página virtual.

Quem corre por gosto não cansa, dizem os entendidos. De Seca a Meca já fiz o que possível e impossível, já suei até as estopinhas. Resta-me esperar. E como quem aguarda sempre alcança.....alguma coisa há-de surgir (em breve, espero eu!). Enquanto isso, vou ‘mendigar’ a alguma alma caridosa que me deixe escrever o que quero e sinto até que me seja devolvido o ‘leasing’ da chave mestra ‘roubada’ à socapa enquanto o papo se estendia ao sol, em terras de Moçambique. Uma gaja não se pode distrair um minuto que estes gajos vêm atrás das nossas costas faralhar o que estava direito e pô-lo torto. Não há direito.

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