segunda-feira, 7 de abril de 2008

Inquietação

O que fazer quando nos desinquietam a alma e vêm bulir connosco em desassossego naquilo que estava sereno, quieto e dormente?
Existem ‘almas’ adormecidas( pensando nós que jaziam mortas e definitivamente carpido o seu incontestável luto) e que ressurgem do nada, para nos realimentar um fogo acreditadamente extinto e que...de repente....está lá. Voltou. Não se apagou. Vive. Revive. Abastece, energicamente, o que pensávamos morto, exangue e enterrado.

É a razão a puxar para um lado. O coração emotivo a pulsar para outro.

É o jogo do rebenta-a-corda (para algum lado há que tombar), da subida-ao-pau-de-sebo (infrutífera e estéril energia gasta para chegar ao cimo e forçosa queda escorregadia que nos traz ao fundo), do pião (que roda e gira em torno de si mesmo e cai redondo e confuso no mesmo sítio), dos dados do poker (é o seis que cobiçamos e é o um que aparece).

Não necessariamente tudo ao contrário ou antagónico do que intrinsecamente desejaríamos. Apenas diferente ou confusa e absolutamente inesperado. Ganha-se e perde-se. Aprende-se com isso - ou não fosse a vida feita de ganhos e ruínas, acertos e desmoronamentos. A verdade é só uma.
Esta sim, inquestionável – TAMBÉM SOMOS O QUE PERDEMOS.

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