segunda-feira, 12 de maio de 2008

Pioneirismo

Queria viajar-te por dentro.
Descobrir artérias, vasos, sentidos, músculos, espírito e alma sem pagar portagem, tarifa ou preço tabelado. Queria ser EU a desenterrar em ti e no teu ser aquilo que sequer foi tocado e se conserva inviolado. Todos temos, algures, uma parte dessas. Aquela peça do Lego que escapou a alguém dissecar, encaixar, conhecer, compreender e aprender a amar.

Ser pioneira!
É essa a palavra! (‘tava mesmo na pontinha da língua’ - que é outra parte boa, mas para redescobrir’ porque já vai ‘adiantada’ a idade e porque para ser, ainda, um fragmento a destapar e explorar não poderia ser em ti (ou nós, humanos, ex-crianças de peito, mamíferos de leite nascidos, hoje adultos) não fosse este o orgão mais prematuramente usado na busca de alimento, no conforto de um regaço cobiçoso e sôfrego de aleitamento- a descoberta da língua seria, pois, uma tarefa inexequível :).

Queria ser sentinela da tua vontade. Perceber-te a alma encoberta. Velar-te o desejo e equilibrar-te o ânimo. Conhecer-te o avesso como observo o invólucro. Ser dona daquilo que te faz feliz e fazer do meu aconselhar uma responsabilidade desnecessária. É sempre o amor que vence e nunca o ódio ou a raiva. Gostava de nunca ter esquecido esta verdade inquebrável.

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